O truque que ficou viral para fugir às multas na Europa

05/01/2024

A única fórmula acertada e 100% eficaz para evitar uma multa é cumprir o código da estrada, esquemas e truques para tornar a matrícula do seu carro invisível aos radares são ilegais e dificilmente resultam, apesar de muito populares.

De tempos a tempos, lá surge uma nova moda na Internet com a promessa de resultados milagrosos a enganar os controlos de velocidade. A maioria são pura ficção e todos, sem exceção, são ilegais.

Recentemente, voltaram a ficar virais nas redes sociais os métodos que passam por colocar adesivos com efeito refletor que prejudicam o correto funcionamento de radares que usam infravermelhos ou com flash. Números e letras autocolantes, com as medidas exatas dos que constam nas matriculas, fabricados numa película especial que os torna invisíveis nos registos fotográficos. São anunciados na Internet impunemente.

Tal como outro truque, bem mais rebuscado, que utiliza uma folha de árvore natural com um íman para tapar parcialmente uma letra ou número na placa de matrícula. O condutor pode sempre alegar que não percebeu que trazia uma folha colada ao carro no momento em que foi apanhado no radar e as autoridades ficam impossibilitadas de multar uma vez que não conseguem uma leitura completa da matrícula. No caso de ser mandado parar, o condutor tem um comando que inverte o magnetismo e liberta a folha na estrada.

Em Portugal, qualquer tipo de adulteração à matrícula de um veículo é punível com coima entre os 120 euros e os 600 euros. O proprietário de um veículo que apresenta chapa identificadora fora da norma também está sujeito à não aprovação da viatura numa inspeção periódica obrigatória, conforme o Anexo II do artigo 5º do Decreto-Lei nº 144/2012.

A chapa de matrícula aposta num veículo a motor é, para efeitos penais, um documento com igual força à de um documento autêntico, pelo que a sua alteração dolosa consubstancia a prática de crime de falsificação ou contrafação de documento, previsto no Código Penal, com pena até três anos de prisão.