Vários detidos em meia centena de buscas é o primeiro balanço da “Operação Carbono” da Polícia de Segurança Pública, por suspeitas da prática dos crimes de furto e recetação de catalisadores e branqueamento de capitais, avançou a Lusa.
A ação arrancou esta manhã, nos distritos de Santarém, Porto, Leiria e Coimbra, com buscas nas residências de suspeitos das práticas criminosa, mas também em sucateiras e outros locais que foram “referenciados durante as investigações por comercializarem ilicitamente esses componentes, sob a forma de resíduos, provenientes de furtos das viaturas”, refere o comunicado da PSP enviado às redações.
As autoridades deram cumprimento a 11 mandados judiciais de busca domiciliária e 16 de busca não domiciliária, sendo que a execução dos mandados resultou na concretização de 7 detenções, 6 em cumprimento de mandados de detenção e 1 em flagrante delito pelo crime de tráfico de estupefacientes, e apreensão de várias dezenas de catalisadores, 400 euros em dinheiro, 2 motores e outros componentes de viaturas furtadas, 1 arma de fogo, ferramentas utilizada nos furtos, e bidões contendo 250 litros de gasóleo suspeito de serem também provenientes de furtos, e foram envolvidos um total de 74 polícias.
Aumento preocupante
Depois dos autorrádios, das jantes e pneus, são agora os catalisadores o alvo apetecível para os ladrões de automóveis. A Polícia de Segurança Pública (PSP) está cada vez mais atenta ao fenómeno, que disparou em número casos reportados no último ano.
“Desde o início de 2020, altura em que se verificaram as primeiras ocorrências, a PSP, registou até ao dia de ontem 2772 ocorrências e foram efetuadas 307 detenções de suspeitos por furto de catalisadores em todo o território nacional, tendo-se verificado o aumento deste tipo de crimes desde o início do de confinamento, o que representa cerca de dois milhões de prejuízos causados às vitimas destes crimes”.
Ao MOTOR24, fonte policial explicou que “as técnicas utilizadas pelos autores deste tipo de crime estão em constante evolução, o que faz com que a PSP preste especial atenção a este fenómeno, tendo criado as Equipas Regionais de Investigação à Criminalidade Automóvel (SRICA), especializadas de investigação criminal para análise das ocorrências, das tendências reportadas e dos fluxos subsequentes”.