Patrão da Bugatti e Lamborghini jura fidelidade aos motores de combustão

13/12/2020

Stephan Winkelmann, presidente-executivo para as duas marcas de luxo do Grupo Volkswagen, garante que a aposta nos motores de combustão continuará “o mais tempo possível”.

Para fabricantes de superdesportivos equipados com grandes motores combustão interna de elevada capacidade e muito potentes, como são a Lamborghini ou a Bugatti, as novas regras sobre emissões, mais restritivas, vão obrigar a reinvenção total. Neste processo, nenhuma dúvida de que a eletrificação será inevitável, mas durante quanto mais tempo podemos contar com as vibrantes mecânicas que atualmente pontificam nos seus catálogos? De acordo com Stephan Winkelmann, presidente-executivo das duas marcas desportivas e de luxo do Grupo Volkswagen, ambas tentarão continuar fiéis aos motores de combustão o mais tempo possível.

“O Chiron é uma peça de colecionador, talvez seja o último da sua geração”, disse Winkelmann, em entrevista recente, quando questionado sobre o futuro elétrico da Bugatti. “É o pináculo da tecnologia automóvel atual, possivelmente a última vez que o automóvel terá um motor de combustão com a sua arquitetura [8 litros de 16 cilindros em W e quatro turbos, debitando 1500 cv e 1600 Nm]. Mas é preciso ter em conta que a quilometragem média de um Chiron é de 1500 por ano, e é um carro de muito baixo volume, produzido em menos de 100 unidades anuais. Apesar de se estar a restringir fortemente as emissões em todo o mundo, se for possível queremos manter o motor de combustão o mais tempo possível”, explicou.

O patrão da Bugatti (e Lamborghini) confirma que a marca está a desenvolver um automóvel totalmente elétrico e prevê que este será bem recebido pelos clientes da marca, mas quer travar as especulações sobre a possibilidade de a marca francesa passar para as mãos dos croatas da Rimac, como contrapartida à Porsche assumir uma participação na ‘start-up’ especializada em supercarros elétricos.