Por uns faróis traseiros novos para o carro temos de pagar mais 67% do que há oito anos; um portão da bagageira ficou 60% mais caro. São contas da Associação Alemã de Seguros (GDV), que culpa o aumento exagerado dos preços das peças de substituição pelas faturas significativamente mais elevadas das reparações.
De acordo com os resultados de um estudo recente daquela instituição alemã, desde 2013, as peças de reposição para automóveis estão 44% mais caras. Quando a taxa de inflação foi de 13%…
Ainda de acordo com GDV, em 2021, o aumento médio foi de 6%, havendo componentes que sofreram agravamentos maiores: uma grelha dianteira do carro, por exemplo, ficou até 9% mais cara no último ano.
Anja Käfer-Rohrbach, sub-directora geral da GDV, sublinha que a tendência se explica com o facto de os construtores praticamente monopolizarem o mercado, com as patentes de desenho de muitas peças, nomeadamente das carroçarias, impedindo que terceiros possam comercializar alternativas mais acessíveis. “Os automobilistas e as oficinas só podem comprar muitas pelas de reposição ao fabricante, não existe uma concorrência livre e justa neste mercado”, afirmou.
Parte interessada neste estudo, também as seguradoras são penalizadas com estes aumentos generalizados dos preços, uma vez que são cada vez mais custosas as reparações. Em 2020, o gasto médio foi de 3.100 euros, mais 700 euros do em 2013.