O sucessor do Huayra estará equipado com um motor V12 a gasolina, estando a sua apresentação reservada para 12 de setembro, com a marca de superdesportivos de luxo a abandonar os planos para o lançamento de uma versão elétrica desse modelo, de acordo com o CEO e fundador da companhia, Horacio Pagani, que em declarações à Autocar explicou que, entre as razões para isso, está a aparente falta de interesse por parte dos seus clientes.
“Em 2018, criei uma equipa para trabalhar em automóveis plenamente elétricos”, referiu. “Mas, em quatro anos, nunca encontrámos interesse no mercado dos supercarros para um veículo elétrico”, acrescentou, apontando ainda que a produção de energia e a capacidade das baterias são outros desafios que devem ser superados.
Neste momento, 90% da energia é produzida sem recurso a [fontes] renováveis. É tonto pensar que apenas alguns supercarros [no mundo] com motor de combustão interna possam ter um impacto negativo no ambiente quando 90% da energia é produzida de uma forma errada”, referiu Pagani.
As suas declarações iniciais foram depois clarificadas por um porta-voz da Pagani também à Autocar, com esse representante a garantir que o desenvolvimento de soluções elétricas no seio da Pagani prossegue, mas que um automóvel sem motor de combustão apenas será lançado quando a tecnologia permitir um Pagani “divertido de conduzir e de possuir”.Esse mesmo porta-voz garantiu que o desenvolvimento está mesmo em curso, confirmando, por outro lado, as declarações iniciais de Horacio Pagani de que os pedidos dos clientes para um supercarro elétrico da Pagani são nulos.
A equipa de investigação da Pagani trabalha agora no desenvolvimento de novas soluções para o futuro que permitam aumentar a capacidade das baterias sem aumentar de forma proporcional o seu peso, algo que impede a afinação mais desportiva associada aos modelos desta pequena companhia, mas que é reconhecida pelos seus desportivos de ponta e de elevada exclusividade.