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Prio solidária com Ucrânia toma medida corajosa

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Face ao ataque da Rússia contra a Ucrânia, a Prio decidiu deixar de considerar como parte dos seus fornecedores e de adquirir quaisquer produtos a empresas russas ou diretamente relacionadas, como fazia no passado. São 20 milhões de euros que estão em causa.

Face à invasão russa do território ucraniano já considerado por diversos membros da ONU como um golpe injustificado à paz e à segurança na Europa e um atentado para com a integridade territorial e soberania da Ucrânia, a Prio, a partir de hoje de manhã e até estabilização da situação no terreno, deixou de considerar como parte dos seus fornecedores e de adquirir quaisquer produtos a empresas russas ou diretamente relacionadas, como fazia no passado.

“Este é um gesto contra a guerra e contra um regime, e nunca contra um povo. Estamos solidários com o povo ucraniano e com o povo russo, ambos primeiras vítimas inevitáveis deste conflito”, justifica a empresa.

EXPLICA A EMPRESA QUE ESTE É “O SEU PEQUENO CONTRIBUTO PARA A PAZ NESTE CONTINENTE, ATRAVÉS DA APLICAÇÃO, À SUA MODESTA ESCALA, DAS SANÇÕES ECONÓMICAS QUE TEM NA SUA MÃO IMPOR À ECONOMIA RUSSA”.

20 milhões de euros

Para quem considera que esta medida tem pouco impacto na empresa, a Prio esclarece que, em 2021, transacionou com empresas da Rússia ou diretamente relacionadas, cerca de 20 milhões de euros de equipamentos, combustíveis e matérias-primas para biocombustíveis avançados ultra-sustentáveis, valor equivalente a sensivelmente 2,5% das suas compras ao longo do ano.

Num depoimento no LinkedIn, Emanuel Proença, CEO da Prio, diz que a medida foi bastantre ponderada nas últimas 48h. “Houve hesitações, houve dúvida. …mas estou convencido que decidimos bem”, assume Emanuel Proença.

O administrador explica por que é que esta é a ação certa a tomar: “Não queriamos só agir enquanto marca, em iniciativa solidária mas apenas simbólica, à onda de consternação que afeta o mundo ocidental. Queríamos poder sentir enquanto empresa e enquanto grupo de mais de 700 pessoas que estamos, do nosso pequeno canto na região de Aveiro, literalmente no outro lado da Europa, a fazer algo, por pequeno que seja, pelos que sofrem”.

Emanuel Proença acrescenta ainda que esta decisão é “a única forma de sermos consistentes com o legado que fomos criando nos últimos anos na Prio: o de uma empresa ativa, atenta, construtiva e positiva, que luta por aquilo em que acredita, e que acredita acima de tudo em pôr as mãos na massa, na ação prática. Que cresce não contra os outros, mas a favor de todos, com soluções que tentam responder cada dia melhor aos desafios da nossa sociedade, sejam eles económicos, ambientais ou sociais”.

Por fim, remata, o administrador da empresa, “e, mais importante que tudo: porque aqueles que sofrem merecem ação ponderada mas também decidida e contundente daqueles que podem agir. Contra a tirania e a opressão, a favor do humanismo e da paz. Ao lado de milhões de ucranianos e russos que sofrem e sofrerão mais com más decisões de uma cleptocracia. E ao lado de todos nós, para que os bullies saibam que o mal que os nossos avós viveram numa Europa que graças a Deus a maioria de nós não chegou a conhecer não tem lugar no Mundo em que os nossos filhos e netos crescerão”.

Sublinha Emanuel Proença: “Mais do que a retórica, a ação conta muito – mesmo quando é mais simbólica do que efetiva. Hoje pela Paz. Todos os dias, tentando dar pequenos passos no sentido de um mundo melhor”.