PRP quer aulas e exames de condução à chuva

12/12/2020

A Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) quer colocar um travão em mais campanhas de sensibilização que “dificilmente teriam efeitos práticos” e defende mudanças profundas no ensino da condução, para que se possa de forma mais efetiva formar condutores aptos a reagir em todos os momentos da condução, incluindo em condições de escassa visibilidade e aderência, como acontece em dias de chuva. Segundo aquele responsável, “não basta ter o conhecimento da velocidade máxima a partir da qual se pode ser multado”.

“Quando as pessoas vão a uma escola de condução querem acima de tudo ter a carta e não aprender a conduzir”, acrescenta.

O presidente da PRP, José Miguel Trigoso, ainda em declarações à TSF, explica que é importante que, durante a formação, os candidatos a condutores tenham a correta perceção do que são as distâncias de travagem quando o piso está molhado, as velocidades e a redução do coeficiente de atrito à chuva, sugerindo que, “para essa matéria ser efetivamente dada, terá de fazer parte dos conteúdos de exame”.

José Manuel Trigoso relembra que os estudos apontam para uma redução da velocidade média quando chove, mas que “essa diminuição é inferior ao que devia acontecer para manter o mesmo nível de risco provocado pela água na estrada que, naturalmente, aumenta os tempos e espaços de travagem, havendo mais acidentes, em termos médios, com chuva”.