A Ampere é, desde o dia 1 de novembro, a nova divisão de veículos elétricos e software da Renault. O construtor francês optou por criar esta divisão Ampere, ao mesmo tempo que encaixou noutra categoria (Power) os modelos de motores de combustão das marcas do grupo (Dacia, Alpine e Renault).
A estratégia corporativa da nova divisão do grupo será explicada por Luca de Meo, CEO da Renault, no dia 15 de novembro, durante o primeiro Capital Market Day da Ampere, sabendo-se, desde já, que a sigla irá entrar na bolsa no segundo semestre de 2023, numa operação que poderá ir dos 6 mil milhões de euros aos 10 mil milhões de euros.
A Nissan irá colocar 600 milhões na Ampere, ao passo que a Mitsubishi investirá 200 milhões de euros.
No entanto, a Ampere não se trata de nenhuma marca automóvel, mas antes o assumir de uma estratégia que visa dar mais músculo ao investimento na mobilidade elétrica por parte do Grupo Renault.
Dito de outro modo: Ampere não será uma marca comercial, mas reunirá as competências do grupo Renault em eletricidade e software.
No seio da Renault, a equipa da Ampere é composta por um total de 11.000 funcionários, sendo 35% deles engenheiros. A Ampere possui 11 instalações na França, incluindo 4 centros industriais: o polo ElectriCity (composto pelas três fábricas de Douai, Maubeuge e Ruitz) e o centro de Cléon.
A Renault irá comercializar exclusivamente modelos 100% elétricos tipo na Europa a partir de 2030, tendo o objetivo de vender de um milhão de veículos elétricos em 2031, entre os quais se contarão, até 2025, o Mégane E-Tech e os futuros Scénic, Renault 4 e R5.
Para essa meta, desempenhará um papel importante a redução de custos por veículo elétrico de 40%, ou mais, até 2027, que o construtor pensa poder apresentar ao mercado: “Quanto mais nos especializamos mais criar-se-ão oportunidades claras para a Ampere na corrida para a eletricidade e o software. Alcançar uma redução de custos de 40% para a próxima geração de veículos, colocar a tecnologia e a inovação no centro da organização de Ampere, oferecer produtos atrativos ao melhor preço: tudo isto está de acordo com a nossa tradição de democratizar a tecnologia e criar valor para os nossos vários intervenientes”, refere Luca De Meo.