É movido por um grupo propulsor totalmente elétrico alimentado por uma bateria e por uma pilha de hidrogénio.
A Renault mostra com o Emblème a sua visão do futuro, em que o automóvel tem em simultâneo duas fontes de energia. A bateria de 40 kWh alimenta o motor nas deslocações do dia-a-dia, enquanto a pilha de hidrogénio é utilizada nas deslocações mais longas.
No Emblème, a descarbonização foi maximizada ao longo de todo o ciclo de vida do automóvel, do berço ao fim de vida.
Traduzindo em números, o concept car produz apenas 5 toneladas de CO2 do berço ao fim de vida, ou seja, desde o processo de extração dos metais para as baterias até ao abate do automóvel.
Para tal, foram utilizados na sua construção “materiais reciclados com uma pegada de carbono reduzida, materiais naturais, processos de produção inteiramente baseados em energias renováveis, implementação geral de peças reutilizadas e circularidade, etc… O mesmo se aplica às escolhas técnicas, incluindo o grupo propulsor”.
Mais pormenores sobre este concept de um automóvel familiar serão revelados no Salão Automóvel de Paris. O Emblème é uma combinação entre uma carrinha, com uma distância entre eixos de 2,90 metros, e um coupé com uma altura moderada de 1,52 metros e uma linha de tejadilho fluida.
Designers e engenheiros trabalharam com o objetivo de minimizarem ao máximo a pegada de carbono do modelo, conseguindo um automóvel eficiente e aerodinâmico, mas sem comprometer a estética.

Assim, no Renault Emblème o espelho retrovisor exterior é substituído por duas câmaras integradas nas cavas das rodas, os limpa para-brisas são ocultos sob o capot e os puxadores das portas são elétricos e embutidos na carroçaria.
Duas aletas no capot e duas saídas de ar no para-choques canalizam o fluxo de ar para o para-brisas e para trás das rodas, respetivamente.
As jantes são de disco completo, o que permite conduzir o fluxo de ar ao longo da carroçaria. Inspirado na F1, o design de fundo plano é reforçado por um difusor ativo, que se inclina para baixo e para trás, para equilibrar o fluxo de ar e minimizar a resistência aerodinâmica.
Com o Emblème, a marca francesa mostra também a linha de design que poderá vir a adotar no futuro. A fusão entre uma carrinha e um coupé traz a este concept linhas fortes e fluídas.
Os seus 4,80 metros de cumprimento fazem do Emblème um automóvel em que uma família pode viajar confortavelmente, mesmo com bagagens.
As dimensões do concept car levariam a pensar estarmos perante um automóvel muito pesado. Mas esse não é o caso. Já contando com as baterias, o Renault Emblème pesa um total de 1.750 kg.
Lembra a Renault em comunicado que “o peso de um automóvel, que está parcialmente ligado ao seu tamanho, tem impacto nas suas emissões de CO2 a vários níveis: quando os materiais são extraídos, durante a produção e o transporte, durante a utilização (impacto no consumo de energia) e quando o automóvel é reciclado”.
Foi com isto em mente que os designers e engenheiros procuraram eliminar todos os quilogramas supérfluos.
O grupo propulsor elétrico de dupla energia do Renault Emblème é alimentado por uma bateria recarregável “clássica”, suficiente para a utilização quotidiana, e por uma pilha de combustível a hidrogénio, para as deslocações mais longas.
A marca afirma que esta combinação permite fazer viagens de 1.000 quilómetros sem carregamento, mas com duas paragens de cinco minutos para reabastecimento de hidrogénio.