1) Dome Zero
Com design típico dos anos 70 – e clara inspiração em modelos como o Stratos ou o Countach -, esta obra de arte emana, contudo, toda uma personalidade própria.
O motor proveniente da Nissan (ex: 280Z), apesar de debitar apenas 145cv, num carro com cerca de 1 tonelada apenas o rácio peso-potência mostrava-se adequado. No entanto e por um par de motivos, este automóvel nunca chegou à linha de montagem. Por um lado, não cumpria com os padrões exigentes de homologação no Japão. Por outro, faltou financiamento e a Dome era uma empresa muito pequena para a qual não era comportável um exercício financeiro tão dispendioso.
Uma variante para o Le Mans – Dome RL – foi criada e correu em provas com o intuito de gerar interesse e arranjar investidores. Infelizmente, o mesmo não se sucedeu. Sobraram então 2 protótipos: o original, em prateado – 78’ Zero – e o vermelho – 79’ Zero P2 – adaptado ao mercado americano.
2) Nissan R390 GT1
O R390 GT1 tinha um peso de 1100 Kg, uma velocidade de ponta superior a 320 km/h e uma aceleração dos 0-100 em 4s. Isto na versão de competição. Já na de estrada, bem, na de estrada era virtualmente igual!Com 4.7 metros de comprimento e dois metros de largura, era um monstro equipado com um V8 de 3.5L capaz de debitar 550cv, às rodas traseiras, através de uma transmissão sequencial de 6 velocidades. O design representativo do trabalho de Ian Callum, agora Chefe de Design na Jaguar, era fruto da reutilização de partes de outros projectos da Nissan, como os faróis do 300ZX, a par de tecnologias como o carbono, aplicadas no chassis, para reduzir o peso do máquina.
No entanto, apenas um foi fabricado, não tendo a Nissan procurado comercializar este modelo – o preço seria elevadíssimo o que dado o posicionamento da marca no mercado seria dificilmente vendável a potenciais interessados. Esta espécie singular repousa então solitário na sede da marca, em Yokohama, Japão.
3) Tommykaira ZZII
TommyKaira é o nome de uma empresa de tuning dos anos 70, previamente conhecida como “Tomita Yume Kojo”.O TommyKaira ZZ foi o primeiro projecto da mesma, uma espécie de resposta japonesa ao Lotus Elise (motor pequeno e central, peso reduzido e carroçaria minimalista).
Este “GTR de motor central” era um projecto bastante promissor, perdendo-se no entanto no caminho devido a dificuldades financeiras por parte da empresa. Tanto a empresa, como o modelo, acabaram por cair em esquecimento e com apenas um protótipo existente, “apagou-se” do mapa.
4) Toyota GT-One
Conhecido internamente como TS020, este projecto, além de ambicioso, era uma provocação completa a todas as “regras” da indústria.
Com aberturas nos interiores dos guarda-lamas, permitia ao condutor ver as partes internas e as rodas dianteiras, enquanto servia o propósito maior de permitir a saída de pressão / ar através das cavas. Simultaneamente, a distância do solo conseguia ser quase nula, o que o tornava praticamente impraticável em estrada (sim, existia versão matriculada dele) e a mala estava ocupada com o depósito de combustível. Chamar de mala é claro irónico, pois na realidade era nada mais que o depósito e ponto.
5) Toyota 222D
Este Toyota era o plano de entrada na competição de rally do Grupo S, um conjunto novo de especificações supostas de arrancar em 1987.
Baseado vagamente no MR2, a Toyota Motorsport Europe inicia o projecto no ano em que a sua “base” inicia a produção – 1984, ano do lançamento do MR2. Inicialmente equipado com um quatro cilindros de 1.6L com tracção traseira, eventualmente evolui para um 2.2L turbo com 600cv e tracção às quatro rodas. No entanto, em 1986 são canceladas as provas de Grupo B e por consequência do Grupo S.
Foram produzidos dez protótipos mas apenas dois sobreviveram, sabendo-se no entanto a localização de somente um: Toyota Motorsport, em Colónia, Alemanha.
O nome é complexo, fazendo jus ao carro por trás. Resulta do envolvimento da Yamaha na Fórmula 1, iniciado em 1989, e este projecto é equipado por um V12 de 3.5L, desenvolvido para competição em 1991.
Este motor de F1 foi alterado para uso em estrada mas, mesmo assim, debitava 400cv às rodas traseiras e o ponteiro subia até às 10.000 rpm! Com pouco mais de 1000kg, cumpria os 0-100 km/h em 3.2s e tinha uma velocidade máxima de quase 350 km/h. Feito em alumínio e fibra de carbono, tem uma zona central peculiar tipo jacto, abrindo no estilo “asa de gaivota”.
Infelizmente, a crise financeira dos anos 90 e um preço a rondar mais de meio milhão de euros forçou o fim desta etapa com apenas três veículos produzidos.