Semicondutores. Boas notícias para os automóveis

14/01/2023

A escassez de semicondutores, amplamente utilizados nos veículos modernos, tem sido um dos principais desafios para a indústria automóveis nos dias de hoje, mas os primeiros sinais de normalização no fornecimento desse componente essencial estão dados.

Depois de dois anos muito complicados nessa matéria, não há marca automóvel que assuma medidas de otimismo, até porque vários analistas alertam para a possibilidade de uma nova crise no verão, consequência da subida dos preços doa materiais e de uma inflação que castiga todas as áreas da indústria.

Mas, de acordo com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), a maior fornecedora de chips para automóveis, a escassez de semicondutores é cada vez menos um problema para os construtores, com as vendas de carros novos provavelmente a crescerem substancialmente este ano.

Numa teleconferência com analistas, o CEO da empresa, C. C. Wei, explicou que as encomendas para as marcas estão a ganhar tração nos dias de hoje, com a oferta a melhor substancialmente no curto prazo. Noutras palavras, mais chips estão a chegar às fábricas, e a TSMC acredita que a cadeia de fornecimento ganhará ainda mais ritmo nos próximos meses.

Wei estima que a escassez de semicondutores pode acabar em menos de 12 meses, mas, por outro lado, analistas alertam que o mercado altamente dinâmico e a incerteza em torno da cadeia de abastecimento ainda tornam impossível antecipar o fim da crise.

Há poucas semanas, a CEO da GM, Mary Barra, comentava que a escassez de chips continuaria a impactar o poder de produção do consórcio em todo o mundo em 2023. Já a empresa de tecnologia Intel estimou anteriormente que a crise afetaria a indústria automóvel até 2024.

Neste ponto, os construtores estão a operar num ritmo normal, sem a necessidade de paragens temporárias na produção ou optar pela construção de veículos sem determinados sistemas. O foco agora estará em encurtar os tempos de espera ridiculamente longos para carros novos.