Depois de dois anos muito complicados nessa matéria, não há marca automóvel que assuma medidas de otimismo, até porque vários analistas alertam para a possibilidade de uma nova crise no verão, consequência da subida dos preços doa materiais e de uma inflação que castiga todas as áreas da indústria.
Mas, de acordo com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), a maior fornecedora de chips para automóveis, a escassez de semicondutores é cada vez menos um problema para os construtores, com as vendas de carros novos provavelmente a crescerem substancialmente este ano.
Numa teleconferência com analistas, o CEO da empresa, C. C. Wei, explicou que as encomendas para as marcas estão a ganhar tração nos dias de hoje, com a oferta a melhor substancialmente no curto prazo. Noutras palavras, mais chips estão a chegar às fábricas, e a TSMC acredita que a cadeia de fornecimento ganhará ainda mais ritmo nos próximos meses.
Wei estima que a escassez de semicondutores pode acabar em menos de 12 meses, mas, por outro lado, analistas alertam que o mercado altamente dinâmico e a incerteza em torno da cadeia de abastecimento ainda tornam impossível antecipar o fim da crise.
Há poucas semanas, a CEO da GM, Mary Barra, comentava que a escassez de chips continuaria a impactar o poder de produção do consórcio em todo o mundo em 2023. Já a empresa de tecnologia Intel estimou anteriormente que a crise afetaria a indústria automóvel até 2024.Neste ponto, os construtores estão a operar num ritmo normal, sem a necessidade de paragens temporárias na produção ou optar pela construção de veículos sem determinados sistemas. O foco agora estará em encurtar os tempos de espera ridiculamente longos para carros novos.
