O Superb, foi desde a sua génese, um modelo com características inovadoras para a época. Em 1934 já contemplava espaço para até sete pessoas, suspensão independente às quatro rodas, e até mesmo um sistema elétrico a bordo que funcionava com corrente de 12 Volts. O mesmo utilizado ainda hoje pela indústria automóvel.

 

Após o seu relançamento em 2001, o modelo rapidamente se tornou no porta-estandarte da marca inserida no grupo Volkswagen. O Superb é desde então sinónimo de qualidade, espaço e tecnologia.

Frantisek Drábek, diretor de produto para o Škoda Superb, salienta que: “O Superb é a melhor forma de aceder à qualidade e tecnologia do grupo Volkswagen, com o melhor rácio entre valor e preço”. Apesar de ter sido apenas lançada em 2008, a versão Break passa a ser a preferida pelo público com mais de 860 000 unidades vendidas até hoje.

Nas motorizações, o destaque vai para o 1.5 TSI Plug-in Hybrid Drive com 204 cv de potência combinada e 350 Nm de binário, conseguida através da adição de um motor-gerador elétrico com 85 kW. Está equipado com uma bateria de 25,7 kWh, que segundo a Skoda, garante uma autonomia em modo 100% elétrico superior a 100 km em cidade (WLTP). Pode ser carregada entre os 10 e os 80% em 2h30 numa wallbox doméstica a 11 kW AC; ou em apenas 25 minutos num carregador público a 50 kW DC.

No exterior, a marca checa optou por modernizar o design do novo Superb sem romper com a identidade do modelo. Entre as novidades destacam-se os novos faróis com iluminação em LED, para-brisas mais inclinado, para-choques e retrovisores exteriores redesenhados, linha do tejadilho com uma curva mais acentuada e grelha octogonal reformulada. Para além de um novo formato, estreia um sistema de cortinas controladas eletricamente. Todas estas modificações em conjunto com as novas jantes carenadas baixam o coeficiente aerodinâmico para 0,25 Cx, o mais baixo de sempre obtido neste veículo.

 

Os materiais utilizados no interior remetem-nos para o conforto de uma sala de estar. Podem ser escolhidos acabamentos que incluem madeira e couro processado de forma sustentável. Os bancos são novos, e têm agora certificação ortopédica com a opção de incluírem a função de massagem.

Um dos trunfos do modelo foi sempre o seu interior espaçoso, que foi crescendo ao longo dos anos e facilmente destronava as alternativas oferecidas pela concorrência. Ao utilizar a plataforma do grupo VW MQB 48W, – partilhada também com o novo Volkswagen Passat – a quarta geração do Superb dá continuidade à tendência, com um aumento do comprimento total em 4 cm, esticando a versão Break até aos 4 902 m. Todos ganham a bordo. Especialmente a bagageira, que vê a sua capacidade subir para os 690 litros (ganha 30 litros face à geração anterior), e chega quase aos dois mil litros rebatendo os bancos traseiros.

Beneficiados são também os ocupantes da segunda fila, onde o espaço disponível para as pernas continua a ser uma referência, e passam a contar com mais 5 mm de espaço também em altura graças à redução da espessura do forro do teto. À frente, a consola ganhou espaço com a deslocação do seletor de marcha para a coluna de direção, dispõe de carregador sem fios com ventilação para smartphones e quatro tomadas USB-C de 45W, duas para a frente e duas para os passageiros da fila de trás.

O painel de instrumentos digital de 10 polegadas é novo e há a possibilidade complementar com um Head-Up Display em opção. O info-entretenimento, está a cargo de um ecrã táctil de série com 10 polegadas, que opcionalmente pode subir para 13”. Os controlos da climatização são físicos e os responsáveis da marca mostraram particular orgulho na solução encontrada que consiste em três botões rotativos, em que o do centro pode ser programado para controlar, por exemplo, o volume do sistema de som ou escolher os modos de condução.

 

Na apresentação internacional que decorreu em Lisboa e que o Motor24 esteve presente, tivemos um breve contacto com o novo 1.5 TSI MHEV de 150 cv a gasolina, com o nível de equipamento Laurent & Klement (com um custo adicional de 7 000 euros). Este “mild hybrid” utiliza um sistema composto por um motor de arranque acionado por correia e uma bateria de iões de lítio de 48 Volts. Recupera energia durante a travagem e apoia o motor de combustão eletricamente ou permite que o veículo continue a andar com o motor completamente desligado. Além disso, pode ainda desligar dois cilindros quando não são necessários.

 

Ficámos com a impressão de que esta motorização é suficientemente competente para mover o Superb Break com agilidade, sem nunca se notar falta de força, mesmo em baixos regimes. A suspensão adaptativa DCC Plus eleva o controlo a rolar em mau piso para um nível superior, justificando a inclusão de duas válvulas por amortecedor (uma para a extensão e outra para a compressão). Por fim, a caixa automática DGS7 teve sempre um desempenho rápido e com bastante suavidade.

Todos os motores contam agora todas com caixa DSG de dupla embraiagem. O Superb Break chega ao mercado nacional em junho com as propostas 1.5 TSI PHEV a começar nos 49 000 euros, e o 2.0 TDI 150 cv a partir dos 50 000 euros.