Toyota condenada a pagar 242 milhões de dólares a família

20/08/2018

Nos Estados Unidos a marca americana foi considerada culpada num processo judicial relativo às consequências de um acidente com um Lexus ES300, que causou lesões a duas crianças que viajavam nos bancos traseiros

A justiça norte-americana é conhecida por aplicar penas com pesadas indemnizações às empresas, quando considera que elas não cumpriram com as suas obrigações para com os clientes (basta ver o acordo do Dieselgate da VW…). A Toyota tornou-se no mais recente exemplo disso. A marca foi condenada a pagar 242 milhões de dólares a uma família que sofreu uma colisão a bordo de um Lexus ES300, em 2016.

No caso, agora julgado no Texas, as autoridades consideraram que a marca devia ter informado os seus clientes sobre potenciais lesões causadas (como veio a ocorrer), por defeitos nas estruturas colocadas na retaguarda dos bancos dianteiros que servem para contrariar problemas para os passageiros dos lugares da frente, como o efeito-chicote em colisões. Mas, isso terá acontecido às custas da proteção dos que viajam atrás. As autoridades judiciais consideraram que foi o que aconteceu na colisão deste Lexus ES300, com consequências físicas que ficarão para sempre nos dois filhos do casal que colocou a marca em tribunal.

Dos 242 milhões de dólares (211,5 milhões de euros) da milionária indemnização da Toyota nos Estados Unidos, constam 144 milhões de dólares pelo facto de o tribunal considerar que a marca foi negligente ao não informar sobre o risco elevado que estes bancos representavam para a segurança, e mais 92 milhões destinados aos cuidados médicos, danos psicológicos e compensação do grau de incapacidade física das crianças.

Frank Branson, advogado da família em causa, afirmou relativamente aos bancos que causaram as lesões que a marca sabia que eles eram “um perigo e a Toyota sabe disso”. Da parte da marca, foi um responsável de comunicação nos Estados Unidos, Eric Booth, a responder. Ele declarou que “embora respeitemos a decisão do juiz, continuamos a crer que as lesões foram resultado de fatores específicos desta colisão muito severa, e não um defeito de fabrico do Lexus ES300”.

Nuno Fatela/Turbo