Três boas razões para acreditar nos veículos elétricos

01/12/2023

A aposta total na tecnologia de baterias para automóveis ainda coloca dúvidas, com o preço da tecnologia a ser um dos grandes obstáculos à sua massificação. Três razões para acreditar que a transição, dos motores de combustão para elétricos, vai acelerar nos próximos anos.

Em Portugal, os carros elétricos começam a ter o seu peso no mercado e, atualmente, já se aproximam dos 10%. A boa notícia é que, com a quantidade de novos modelos e de novas marcas a chegar, o preço começa a baixar. Para além disso, há também o incentivo do Estado para a compra de elétricos, que pode chegar a 4 mil euros. O que não é suficiente para uma parte importante dos portugueses, que ainda se debate com os custos superiores face aos congéneres com motores de combustão, as dificuldades de carregamento e outras.

No entanto, observam-se três tendências que podem representar um forte “empurrão” à causa elétrica:

1. Baterias mais baratas
O componente mais caro de qualquer veículo elétrico é, de longe, a bateria (50%). O lítio é um material caro e escasso, razão pela qual se procuram alternativas como o sódio ou o magnésio.

Dados encorajadores chegam dos Estados Unidos. Embora os preços tenham aumentado em 2022, o Departamento de Energia dos EUA estima que o preço de uma bateria de iões de lítio caiu 89% entre 2008 e 2022, e a Goldman Sachs relata que os preços das baterias cairão mais 40% até 2025.

2. Mais pontos de carregamento
Outro travão para a compra massiva de carros elétricos é a rede de carregamento, que continua irregular e insuficiente. Um dos principais fatores apontados pelos analistas quando se trata de infraestrutura de carregamento será a padronização. E aí os governos de cada país têm a última palavra, mas a intenção global é que aumentem progressivamente.
Em Portugal, até 2025, está prevista a instalação de 9044 pontos de carregamento, o que se traduzirá num investimento inicial de 111,2 milhões de euros.

3. Economias de escala
Para qualquer fabricante, a melhor forma de reduzir os custos de produção é produzir mais veículos elétricos. “É preciso atingir uma certa escala para começar a ganhar dinheiro com carros elétricos e para que os custos diminuam”, explica Valdez Streaty, diretor da Cox Automotive. “Estamos a começar a ver mais inovação e maior eficiência no processo de fabrico”, acrescentou.

Marcas como a Tesla que são pioneiras num novo processo chamado “gigacasting”, que permite reduzir o complexo processo de montagem do chassis estrutural, a uma única peça num único molde, ou como a Toyota, que está a adotar métodos semelhantes para produzir veículos mais leves e mais acessíveis, estão na linha da frente dessa inovação.

Fonte: TopGear