“De 18 a 24 de fevereiro de 2021 registaram-se ZERO vítimas mortais nas estradas portuguesas. Foram 7 dias consecutivos sem mortes resultantes de acidentes rodoviários, algo nunca verificado em Portugal”, assinalou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) na página oficial do Twitter.
Boas notícias que a ANSR quer ver repetidas no âmbito do novo plano “Visão Zero 2030”, que tem como objetivo atingir zero mortes e zero feridos nas estradas ao longo da próxima década e que irá dispor de uma plataforma digital para a partilha privilegiada de informação, “de forma transparente” sobre todo “o trabalho que se encontra em desenvolvimento” para combater a sinistralidade. Lançado na passada sexta-feira, o novo site contém “informação relevante sobre a estratégia, tais como objetivos, metodologia, estrutura de gestão e relatórios, documentação relacionada com as políticas de segurança rodoviária a nível mundial, europeu e nacional, dados mais recentes relativos à sinistralidade, além de uma área dedicada ao sistema seguro e aos seus princípios, que são a base da Estratégia Visão Zero 2030”.
“Apenas com o reforço do envolvimento de toda a sociedade e de todas as entidades, publicas e privadas, será possível construir uma estratégia eficaz. Todos temos uma enorme responsabilidade no combate à sinistralidade rodoviária. Se no final de cada dia de trabalho conseguirmos salvar uma vida, estaremos a dar um enorme contributo para um futuro melhor”, destaca a ANSR, em comunicado.
De acordo informações avançadas pela Lusa, em 2019, os acidentes de viação tiveram um custo económico e social de 3.713 milhões de euros, correspondendo a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto as vítimas mortais resultantes desses acidentes custaram 1.590 milhões de euros, os feridos graves 836 mil euros e os feridos ligeiros 1.287 milhões de euros.
“Este valor não só representa um custo injustificável, como é claramente um indicador que investir em segurança rodoviária é um valor com elevado retorno económico e social”, refere a ANSR.