Na cidade alemã de Kulmbach, automóveis elétricos e híbridos deixam de poder estacionar em parques subterrâneos. A polémica decisão que, ganhando adeptos, pode inclusivamente representar o início de um inesperado volte-face na marcha da eletrificação surge na sequência de um aparatoso incendio que teve lugar numa das estruturas cobertas da cidade, e que obrigou a mais de cinco meses de obras de reparação e gastos na ordem dos 200 mil euros. O dado curioso que está a deixar incrédulos alguns representantes do setor é que, de acordo com o Infranken.de, o fogo teve origem num Volkswagen Golf equipado com motor térmico e não num veículo movido a baterias!
Ainda assim, as autoridades locais defendem que automóveis elétricos e híbridos representam um perigo acrescido devido às elevadas tensões e ao grande número de componentes com potencial de risco. Teoria corroborada pelo departamento de Engenharia Civil de Kulmbach, que apoia a decisão de proibir o acesso aos parques da cidade de qualquer modelo com a tecnologia, acrescentando que o procedimento para extinguir o fogo neste tipo de automóveis também difere do habitual e com efeitos sempre muito mais nefastos, dando como o exemplo as baterias de iões de lítio, cujo risco de reignição se mantém durante vários dias.
Esta é uma questão recorrente no atual momento de mudança do paradigma na indústria automóvel e que já levou o fundador da Tesla, Elon Musk, pronunciar-se publicamente para garantir que “a realidade é que um Tesla, como a maioria dos carros elétricos, tem mais de 500% menos probabilidade de pegar fogo do que carros a combustão. Pois estes transportam enormes quantidades de combustível altamente inflamável.“
