Em setembro foram vendidos 1,69 milhões de veículos elétricos em todo o mundo.
O forte crescimento registado deveu-se em grande parte à China, que bateu os números recorde registados em agosto, mas também à Europa, que retomou o crescimento na venda dos automóveis 100% elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV).
Na Europa, as vendas de automóvel elétricos subiram 4,2%, para 300 mil unidades. Para a retoma europeia, muito contribuiu o salto de 24% nas vendas registado no Reino Unido, e ainda os ganhos em Itália, Alemanha e Dinamarca, de acordo com a Rho Motion.
Em Portugal, a venda de automóveis 100% elétricos registou uma subida de 43% relativamente ao ano passado, tendo os BEV conquistado 26,9% da quota de mercado de automóveis ligeiros de passageiros.Em declarações à Reuters, o analista de mercado Charles Lester sublinhou que o crescimento anual de 7% na Alemanha era “definitivamente uma notícia positiva” e que os objetivos intermédios de redução das emissões de carbono estabelecidos na União Europeia para o próximo ano irão testar o mercado do bloco.
A Rho Motion prevê que as vendas de veículos elétricos na Europa atinjam 3,78 milhões de veículos em 2025 e 9,78 milhões em 2030, respetivamente 24% e 19% abaixo das estimativas anteriores, disse à Reuters William Roberts, responsável pela pesquisa automóvel.
No início deste mês, a França anunciou que vai reduzir o apoio estatal aos compradores de veículos elétricos, enquanto a Alemanha acordou, em setembro, um desagravamento fiscal para as empresas sobre as suas vendas de veículos elétricos, depois de ter terminado, no ano passado, um regime de subsídios destinado a ajudar a acelerar a transição ecológica.
Já nos Estados Unidos, os ganhos têm sido constantes, mas lentos, em antecipação às eleições de 5 de novembro. Este fator dificulta a previsão, por parte dos analistas, das tendências futuras do país.
No mercado chinês, a taxa de penetração de BEV e PHEV está a crescer mais rapidamente do que o antecipado pelos analistas e as vendas “podem ser um recorde todos os meses até ao final do ano”, afirmou Charles Lester.