Os analistas da empresa canadiana de telemática Geotab revelaram que a degradação das baterias é cada vez menor, cifrando-se atualmente em 1,8% ao ano.
No caso dos veículos elétricos de maior desempenho que estão atualmente à venda, a taxa de degradação da bateria chega mesmo a ser de apenas 1% ao ano.
Com a taxa de degradação média de 1,8%, as baterias dos veículos elétricos ainda terão um estado de saúde (SoH) superior a 80% ao fim de 12 anos, “geralmente para além da vida útil normal de um veículo de frota”, diz o estudo, que analisou a evolução das baterias de 10.000 veículos.
A Geotab sublinha que estes números equivalem a dizer que uma bateria de 60 kWh que começa a sua vida útil com um estado de saúde (SoH) de 100% e que se deteriora para 90% de SoH “atuaria efetivamente como uma bateria de 54 kWh”.Para os analistas, a degradação das baterias tende a ser cada vez menor. Há cinco anos, num primeiro estudo, a empresa identificou uma degradação de 2,3% ao ano, o que já considerava “surpreendentemente bom”.
Em cinco anos, a evolução tecnológica das baterias permitiu diminuir o valor da sua degradação em 22%, para 1,8% ao ano, pelo que “as baterias de EV durarão mais do que a vida útil do seu veículo, especialmente se os condutores seguirem as melhores práticas de carregamento e condução.”
“Com estes níveis mais elevados de saúde sustentada, as baterias dos modelos de veículos elétricos mais recentes durarão confortavelmente mais do que a vida útil do veículo e provavelmente não precisarão de ser substituídas”, afirma David Savage, vice-presidente da Geotab para o Reino Unido e Irlanda.
“No entanto, continuamos a ver a fiabilidade das baterias a ser utilizada como um pretexto para atacar os veículos elétricos. Esperamos que dados como os nossos possam finalmente acabar com estes mitos”, sublinha Savage.