Vida útil das baterias supera a dos veículos

24/09/2024

Um novo estudo revela que a “grande maioria” das baterias tem uma vida útil superior à dos veículos e que nunca necessitarão de ser substituídas.

 

Os analistas da empresa canadiana de telemática Geotab revelaram que a degradação das baterias é cada vez menor, cifrando-se atualmente em 1,8% ao ano.

No caso dos veículos elétricos de maior desempenho que estão atualmente à venda, a taxa de degradação da bateria chega mesmo a ser de apenas 1% ao ano.

Com a taxa de degradação média de 1,8%, as baterias dos veículos elétricos ainda terão um estado de saúde (SoH) superior a 80% ao fim de 12 anos, “geralmente para além da vida útil normal de um veículo de frota”, diz o estudo, que analisou a evolução das baterias de 10.000 veículos.

A Geotab sublinha que estes números equivalem a dizer que uma bateria de 60 kWh que começa a sua vida útil com um estado de saúde (SoH) de 100% e que se deteriora para 90% de SoH “atuaria efetivamente como uma bateria de 54 kWh”.

Para os analistas, a degradação das baterias tende a ser cada vez menor. Há cinco anos, num primeiro estudo, a empresa identificou uma degradação de 2,3% ao ano, o que já considerava “surpreendentemente bom”.

Em cinco anos, a evolução tecnológica das baterias permitiu diminuir o valor da sua degradação em 22%, para 1,8% ao ano, pelo que “as baterias de EV durarão mais do que a vida útil do seu veículo, especialmente se os condutores seguirem as melhores práticas de carregamento e condução.”

“Com estes níveis mais elevados de saúde sustentada, as baterias dos modelos de veículos elétricos mais recentes durarão confortavelmente mais do que a vida útil do veículo e provavelmente não precisarão de ser substituídas”, afirma David Savage, vice-presidente da Geotab para o Reino Unido e Irlanda.

“No entanto, continuamos a ver a fiabilidade das baterias a ser utilizada como um pretexto para atacar os veículos elétricos. Esperamos que dados como os nossos possam finalmente acabar com estes mitos”, sublinha Savage.

Para este responsável, um declínio de 1,8% na saúde da bateria não é suscetível de ter um impacto significativo nas necessidades diárias da maioria dos condutores.