Ranking da Copenhagenize Design Company elege as 20 melhores cidades do mundo para pedalar em segurança. A capital da Dinamarca lidera a lista, seguido de Amesterdão e Utrecht, ambas na Holanda.

 

 

Pontes clicáveis, parques para bicicletas, bairros e ruas com velocidade reduzida, ciclovias interligadas em rede e afastadas dos carros ou interfaces articulados para todos os utilizadores de transportes coletivos, incluindo os que vão a pedalar para o trabalho. Assim é a cidade perfeita para a bicicleta. E Copenhaga, capital da Dinamarca, é a que estará mais próxima da perfeição. Pelo menos, é essa a avaliação da Copenhagenize Design Company (CDC), empresa de consultadoria em design urbano, que divulgou este mês o Ranking 2019 das 20 melhores cidades do mundo para pedalar (ver lista no fim do texto).

 

A competição é renhida com Amesterdão e Utrecht, ambas na Holanda, a surgirem logo a seguir, mas é a Alemanha e a França, que conquistaram este ano mais troféus, cada uma com três cidades no top 20. A lista faz parte da quinta edição do ranking, publicado a cada dois anos, em que são recenseadas 115 cidades à volta do mundo, segundo 13 critérios que incluem as infraestruturas para utilizar as bicicletas, programas de partilha, planos de expansão de ciclovias, políticas e indicadores de segurança rodoviária, entre outros.

 

A empresa consultora em planeamento urbano, com sede em Copenhaga, Bruxelas e Montreal, assessora os governos sobre como trabalhar para alcançar uma paisagem urbana mais apta para ciclistas, propondo soluções de planeamento suportadas não apenas na engenharia, mas também em estudos sobre mobilidade ou observação direta dos efeitos das políticas locais e regionais.

 

Confira em baixo as razões que levaram a consultora dinamarquesa a eleger Copenhaga, Amesterdão, Utrecht, Antuérpia e Estrasburgo como as cinco cidades mais amigas da bicicleta.

 

 

 

1 – Copenhaga

Os números falam por si: 62% das viagens para o trabalho ou escola são feitas de bicicleta. Os habitantes de Copenhaga percorrem 1,44 milhões de quilómetros todos os dias e a cidade investe 40 euros per capita em infraestruturas de bicicletas. Na última década, a capital dinamarquesa construiu 12 novas pontes para peões e ciclistas. E, a nível regional, investiu 20,6 milhões de euros em oito rotas clicáveis, totalizando mais de 167 quilómetros. Nos últimos dois anos, estes novos circuitos aumentaram o tráfego de bicicletas em 68%, com 14% dos novos utilizadores a substituírem o automóvel pelos pedais.

 

2 – Amesterdão

O plano ambicioso da capital holandesa para atingir até 2025 é o principal trunfo para ocupar o segundo lugar do ranking da CDC – 2019. A cidade quer, no prazo de meia década, retirar cerca de 11 mil lugares de estacionamento para carros, substituindo-os por parques de bicicletas, zonas verdes e ruas pedonais. Com 11 mil novos habitantes que todos os anos chegam a Amesterdão, a cidade tem vindo a criar ou a alargar corredores clicáveis. Algumas dessas novas infraestruturas incluem a ampliação das ciclovias existentes para 2,5 metros, mais ruas com limites reduzidos de velocidade e um novo redesenho dos principais cruzamentos para aumentar a segurança dos ciclistas. Em curso está também a proibição das motorizadas utilizarem os mesmos corredores dos ciclistas.

 

3 – Utrecht

É a quarta cidade maior da Holanda, mas ambiciona ser a primeira no ranking do mundial, estando para isso a construir a maior infraestrutura estacionamento de bicicletas do planeta. O objetivo é aumentar a capacidade para 22 mil novos lugares. Essa é uma meta que pretendem cumprir até ao próximo ano e que envolve não só investidores públicos como privados, que se comprometeram a assegurar metade desses novos lugares. Em 2020, a cidade espera atingir 33 mil lugares para estacionar as bicicletas. Tal como acontece com muitas cidades holandesas, Utrecht beneficia de infraestruturas de ciclismo de topo, elevada partilha modal de bicicletas, intermodalidade entre os vários tipos de transportes públicos.

 

4 – Antuérpia

É o trabalho que tem vindo a desenvolver nos últimos anos que coloca a cidade Belga entre as mais amigas da bicicleta. O recente plano de mobilidade está sobretudo centrado em melhorar a rede de ciclovias, através pistas interligadas ou gestão de semáforos. Uma das principais estratégias, alias, consiste em reduzir os limites de velocidade para 30 km/hora em 95% das ruas da cidade. Com especial enfoque nas deslocações entre casa e trabalho, Antuérpia ampliou o estacionamento junto das estações de comboios e tem vindo a alargar a rede de ciclovias conectadas entre si. As mudanças e o investimento já produziram os seus efeitos – destaca a CDC – o uso da bicicleta subiu de 29% para 33% entre 2014 e 2018, estando as mulheres a liderar essa nova forma de mobilidade na cidade.

 

5 – Estrasburgo

Estrasburgo, com 16% da sua população a usar a bicicleta todos os dias, é reconhecida como o modelo de cidade amiga das bicicletas em França e tem sido o exemplo seguido em muitas regiões do país. A estratégia ao longo dos anos está sobretudo concentrada na modernização da rede existente, mas também na expansão de novas ciclovias que estão a ser construídas na periferia da cidade. Outra grande aposta passa por explorar o potencial das bicicletas de carga. Por toda a cidade, é comum ver funcionários públicos, empresas de entregas ao domicílio e moradores a utilizar as bicicletas de carga nas tarefas quotidianas.

 

 

As 20 melhores cidades do mundo para as bicicletas, segundo a Copenhagenize 2019

 

1 – Copenhaga, Dinamarca

2 – Amesterdão, Holanda

3 – Utrecht, Holanda

4 – Antuérpia, Bélgica

5 – Estrasburgo, França

6 – Bordéus, França

7 – Oslo, Noruega

8 – Paris, França

9 – Viena, Áustria

10 – Helsínquia, Finlândia

11 – Bremen, Alemanha

12 – Bogotá, Colômbia

13 – Barcelona, Espanha

14 – Liubliana, Eslovénia

15 – Berlim, Alemanha

16 – Tóquio, Japão

17 – Taipai, Taiwan

18 – Vancouver, Canadá

19 – Montreal, Canadá

20 – Hamburgo, Alemanha

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