A capital portuguesa foi eleita uma das primeiras cidades à escala global para desenvolver e testar soluções de mobilidade. A escolha foi feita pela  Deloitte que elegeu à escala global duas prioridades estratégicas: o futuro da mobilidade e o futuro das cidades.

No contexto da mobilidade, uma das áreas em que a consultora considera que pode ser ela própria relevante é ser gestora ou facilitadora dos ecossistemas das cidades no sentido de construir soluções para o seu próprio futuro, em conjunto com gestores municipais e parceiros do ecossistema.

A empresa decidiu então definir trabalho neste domínio com três cidades, à escala mundial: San Diego, Singapura e Lisboa, para aproveitar as características favoráveis do ecossistema de mobilidade e desenvolver novos conceitos e soluções tecnológicas testados em ambiente real.

A escolha da capital portuguesa, não foi ao acaso. Para Miguel Eiras Antunes, sócio da Deloitte, o primeiro motivo, prende-se com o facto de “em Lisboa existir uma boa visão estratégica para a mobilidade, porque está claro, para a gestão autárquica, o que se pretende para o futuro da mobilidade. O segundo motivo, é porque há uma noção da forte qualidade técnica da liderança municipal transversal. O terceiro grande motivo é que já há hoje uma área responsável pelo sector da mobilidade na capital portuguesa, quando há muitos municípios que não têm, logo o modelo de governo da cidade de Lisboa também é adequado. O quarto motivo, está ligado ao ecossistema já montado na área metropolitana no contexto da mobilidade. Existem várias empresas que têm vindo a mover centros de competência para a capital portuguesa, como é o caso da Daimler e de muitas outras companhias e nesse sentido, há um portfólio de competências alargado e também de colaboração e de inovação. Em quinto lugar, na área metropolitana, além de Lisboa, já existem boas práticas de mobilidade noutros concelhos, como é o caso de Cascais. O sexto motivo é porque a Deloitte em Portugal tem também uma equipa muito forte nestas áreas do transporte e mobilidade, o que facilita a criação de um Living Lab”.

Neste sentido, a equipa de Deloitte Portugal vai liderar o projeto deste living lab. Na primeira etapa, as áreas de foco na cidade serão a gestão da mobilidade partilhada e a logística urbana. Prometendo trabalho colaborativo com os diversos parceiros, desde academias, a entidades oficiais e empresas, no desenvolvimento de soluções que sirvam os cidadãos da área metropolitana de Lisboa, mas que possam ser escaladas. Também com intenção de trabalho conjunto com as outras cidades escolhidas para esta experiência, Singapura e San Diego para fazer projetos à escala global. Soluções que podem ser na área da logística urbana, na área last mile, da micro mobilidade, como as bicicletas, trotinetes, etc. mas também, complementaridade entre transporte público e os outros modos de transporte, soluções que façam a partilha de informação, ou temas mais relacionados com soluções de permitam fazer uma melhor gestão dos níveis de serviço e prestadores de serviço na cidade, ou melhor sistemas de comunicação com os cidadãos, para receber inputs, para dar informação aos cidadãos e é por aí que os consultores irão trabalhar.

O objetivo é que as soluções desenvolvidas neste Living Lab possam estar a ser implementadas dentro de 2 a 4 anos tornando assim Lisboa num centro de exportação de serviços e soluções tecnológicas de mobilidade e os novos conceitos de mobilidade aqui desenvolvidos serão escalados para outros mercados internacionais.

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