O serviço Via Verde Estacionar, do Grupo Brisa, prepara-se para chegar a mais três municípios, sendo agora 20 as cidades que disponibilizam a aplicação para pagamento de estacionamento a partir do telemóvel. O objetivo é chegar a todo o país, anuncia o CEO da Via Verde, Pedro Mourisca, que quer continuar a apostar também no car sharing.

 

Que balanço faz dos três anos do serviço Via Verde Estacionar?

O Via Verde Estacionar é um serviço do qual estamos muitíssimos satisfeitos, pois tem tido um crescimento enorme. Já estamos presentes em 17 municípios no país. Entretanto, recebemos a adjudicação formal de mais três: Braga, Maia e Valongo. Temos tido crescimentos superiores a 100% todos os anos, com mais de meio milhão de downloads e mais de 135 mil utilizadores regulares. Estamos muitíssimo satisfeitos com este serviço e os nossos clientes também.

Esta foi uma forma de alargar os vossos serviços a mais clientes, uma vez que já tinham o serviço pago através da Via Verde em vários parques de estacionamento?

Este serviço acaba por ser reflexo da aposta cada vez maior da Via Verde na inovação, nomeadamente na digitalização e consequente massificação dos seus serviços. No fundo, assenta numa estratégia da Via Verde de criação de um ecossistema de mobilidade cada vez mais abrangente, tendo uma presença que facilite o dia-a-dia das pessoas e lhes seja útil.

É algo que liberta as pessoas da moeda, mas também não é necessário ter Via Verde. Há liberdade total…

É verdade. Esta aplicação tem uma vantagem que é pretender chegar ao país na sua totalidade, é para isso que estamos a trabalhar. Não só não são precisas moedas como não é necessário qualquer pré-carregamento, sendo de livre acesso para todas as pessoas. Podem ter esta aplicação de forma separada e individual, sem necessitar de ter o serviço Via Verde tradicional, tipicamente associado às portagens.

Não há lugares predefinidos. Pode-se estacionar em qualquer local, desde que a aplicação possa ser utilizada nesse município?

Exatamente. Funciona como um parque de estacionamento. Cada vez que entra um novo município no ecossistema, as pessoas passam a ter acesso à oferta desse município ou nesse parque. No fundo, a Via Verde acaba por ser um parceiro das cidades e dos próprios operadores de transportes, sendo mais uma ferramenta de eficiência de utilização dos seus serviços e de racionalização da própria escolha dos modos de transporte e da utilização dos serviços.

Com esta aplicação não são precisas moedas, pré-carregamento ou mesmo ser cliente da Via Verde.

 

O vosso plano passa por continuar a alargar este programa a todo o país?

Nós temos uma ambição muito forte de crescimento em todas as cidades. Queremos chegar a todo o país. É uma grande vantagem as pessoas terem toda a oferta de estacionamento de rua numa só aplicação e não uma aplicação por município. Temos o objetivo de duplicar a nossa oferta em número de municípios ao longo dos próximos dois anos.

Mas vão continuar a apostar na utilização da Via Verde no pagamento de parques?

No modelo tradicional da Via Verde nos parques de estacionamento temos tido um crescimento nos últimos anos ímpar. Temos crescido a um ritmo muito significativo. No ano passado fizemos a abertura de quase 40 novos parques de estacionamento. Estamos a trabalhar na digitalização de praticamente a totalidade dos serviços da Via Verde, só assim esta conseguir-se-á manter na vanguarda e como agente de inovação num mundo que cada vez é mais célere em termos de novas tecnologias.

Que impacto imediato veem na mobilidade urbana com estes serviços?

O estacionamento é um aspeto muito relevante para a mobilidade urbana. Quinze por cento do tráfego nas cidades decorre das pessoas estarem à procura de estacionamento. Nós procuramos aqui ser claramente uma ferramenta ao serviço das cidades, para uma melhor gestão do espaço urbano. Este é um assunto associado ao tema climático e é muito importante para nós e central nas nossas preocupações.

Outros serviços, como a aplicação Smart Drive ou o car sharing estão a ter influência na forma de encarar a mobilidade urbana?

Todos estes lançamentos de novos serviços e da nova mobilidade que surgem são complementos à mobilidade já existentes e que têm tido uma boa aceitação em Portugal. Lisboa destaca-se no que se refere ao car sharing, ao DriveNow, em termos de número de utilizadores ou clientes. Há uma apetência muito grande por parte dos portugueses e neste caso das pessoas que se movem em Lisboa, pela utilização destes novos tipos de serviço. E nós também temos de nos posicionar nesse sentido.

Elisabete Silva | texto

Sara Matos / Global Imagens | Foto

 

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