Portugal está cada vez mais a atrair empresas estrangeiras que veem no país condições para desenvolver os seus planos, assim como dispor de mão de obra qualificada e de muita qualidade para o fazer. A BMW é um exemplo disso mesmo e no arranque do debate Invest in Portugal, Export from Portugal (investir em Portugal, exportar de Portugal), Massimo Senatore, managing director da BMW Portugal, como o país tem sido um “excelente ponto de partida” para quem aposta nas novas tecnologias.

“A BMW resolveu investir no carro do futuro em Portugal, com uma equipa portuguesa”, salientou o responsável. O facto de o país “ter uma mente aberta” e ser estável, é uma ajuda para atrair empresas estrangeiras. “Em Itália é confuso, não se atrai investimento estrangeiro. É o contrário [do que acontece cá]”, referiu. A marca alemã tem uma parceria com uma empresa portuguesa de software, com Senatore a realçar que esses componentes são os que diferenciam os carros do futuro. O número de funcionários tem vindo a aumentar e o objetivo é chegar aos mil a trabalhar no veículos, a todos os níveis. “Temos de encontrar soluções através do automóvel, que será sempre o principal impulsionador da mobilidade”, disse.

Tomás Almeida, Business Strategy & Public Affairs Manager da Schréder Hyperion, empresa líder em iluminação pública, frisou precisamente a qualidade da mão de obra portuguesa e a como se consegue encontrá-la com maior facilidade, ao contrário do que acontece noutros países. Reforçou também como a ideia de estabilidade e o “bom ambiente empresarial” é essencial para a aposta no país: “Portugal é uma boa solução para a Schréder na área das smart cities.”

Já António Mexia, administrador da EDP Comercial, referiu outro ponto: “a apetência dos portugueses para a tecnologia”. “E também sempre foram muito sensíveis ao tema da sustentabilidade.” Para o responsável, um dos problemas é em Portugal se ficar muito por cá, ou seja, é essencial olhar para outros mercados, aproveitando as condições para se testar em Portugal, aprender e depois apostar noutros mercados.

Pedro Mourisca, CEO da Via Verde, destacou como os portugueses têm capacidade para se juntar e apostar na inovação para resolver o problema. “A Via Verde é um exemplo”, afirmou, contando como se não se tivesse criado o sistema de pagamento de portagens automático, em Carcavelos, o sistema tradicional não suportaria a utilização que tem. Mourisca considera que em Portugal há um mentalidade de se colaborar com universidades, ou outras empresas, para se procurar as soluções necessárias. “Existe um ecossistema de inovação em Portugal muito avançado, reconhecido a nível internacional.”

Da Efacec chega o exemplo de como a exportação é possível. Fá-lo há 70 anos, como começou de imediato por referir Duarte Ferreira, Global Business Development da empresa. Atualmente, os carregadores da Efacec já estão em 62 países. As parcerias que tem, estão a permitir chegar cada vez mais longe e na sua opinião é necessário pensar em “usar recursos nacionais e internacionais”. Duarte Ferreira não hesita em considerar que o que muito atrai em Portugal é o “misto de talento, cultura e alma portuguesa”, pois podemos ser pequenos em dimensão, mas “a alma é grande para ir mais longe lá fora”.

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