Fernando Alonso está neste fim de semana em Le Mans para tentar concluir com sucesso mais um capítulo da sua história na conquista da “Triple Crown”. Enquanto tem a oportunidade de ouro de vencer Le Mans, o piloto da McLaren começa a ponderar o seu futuro, que na equipa de F1, para já, não parece muito promissor.
Muito se tem falado da possível saída de Alonso da F1, rumo a Indy, dado que o desencanto com a F1 começa a ser cada vez maior. Mas, o espanhol não desistiu ainda de continuar, desde que o futuro lhe agrade:
“O último carro que tive, capaz de vencer um campeonato, data de 2007. Os restantes têm estado sempre muito longe do desempenho dos carros, ou da equipa vencedora. Então, 11 anos depois, não acho que seja um problema não ter um carro para ganhar títulos. A coisa mais importante para mim é a direção da Fórmula 1. Eu não penso muito em quão competitivo posso ser no próximo ano, porque é impossível prever. É um campeonato mundial de construtores, não é um campeonato mundial de pilotos.”
Com isto, Alonso volta a dar ênfase ao rumo que a F1 deve tomar para o futuro. O piloto quer mais luta em pista e menos gestão. Ora, as mudanças para 2021 podem permitir que haja mais duelos em pista e se as alterações das asas para 2019 tiverem o resultado esperado, talvez possamos continuar a ver Alonso na F1.
Quanto à situação na McLaren, o piloto não esconde a frustração das desistências nas últimas corridas e espera para ver que tipo de evolução fará a equipa até ao final do ano.
Será que a F1 do futuro vai convencer Alonso a ficar? O WEC, no formato em que está atualmente, não deve ser apelativo, dado o grande fosso entre a Toyota e os restantes. Se Alonso quer competitividade, talvez a Indy seja o caminho a seguir. Mas, o interesse na Indy advém da possibilidade de conquistar a Triple Crown, que poderá tentar daqui por mais uns anos. É uma das incógnitas que mais interesse suscitará nos próximos tempos.
Fábio Mendes/Autosport