IMSA/12h Sebring: Portugueses apagados, triunfo da Tequila Patron ESM

18/03/2018

Foi um fim de semana bem diferente das 24 Horas de Daytona tanto para os portugueses do Cadillac DPI #5 como para a equipa vencedora, o Nissan DPi #22 da Tequila Patron ESM de Johannes van Overbeek, Pipo Derani e Nicolas Lapierre.

Depois dos azares de Daytona a Tequila Patron ESM logrou vencer, enquanto os vencedores de Daytona tiveram desta feita um azar que os afastou dos lugares da frente…

Os homens do Cadillac DPi #5 da Mustang Sampling Racing, Filipe Albuquerque, João Barbosa e Christian Fittipaldi ainda deram mostras nas primeiras horas que, apesar de não estarem sequer perto de mostrar o domínio que exerceram em Daytona, teriam de ser considerados na luta, pelo menos, do pódio, isto depois de terem andado bem mais tempo fora dele do que dentro, mas por volta da oitava hora e quando João Barbosa guiava, o piloto luso envolveu-se com o Oreca 07 Gibson da Performance Tech Motorsports na entrada da reta da meta e ambos ficaram parados à entrada da via das boxes por longos momentos, até conseguirem rumar às suas boxes. A frente do Cadillac DPI luso estava danificada, bem como a direção, e o tempo perdido nas reparações, 20 voltas, afastou toda e qualquer possibilidade de um bom resultado.

Lá na frente e depois de muitas trocas de lider, finalmente o #22 instalou-se definitivamente na frente à 302ª volta, e com apenas uma pequena exceção para ir às boxes, levou a liderança até ao fim terminando com um avanço de 12.427s para o Cadillac DPi #10 da Konica Minolta Cadillac DPi-V.R de Jordan Taylor, Renger Van Der Zande e Ryan Hunter-Reay, com o Cadillac DPi #31 da Whelen Engineering Racing de Felipe Nasr, Eric Curran e Mike Conway a terminar em terceiro, a 53.075s do vencedor, numa corrida em que o pódio foi ocupado por três DPI.

Na quarta posição terminou o melhor LMP2, o #54 da CORE autosport de Jonathan Bennett, Colin Braun e Romain Dumas, mas a 1:16.328 do vencedor. Quinto lugar para o Ligier JS P217 Gibson #32, da United Autosports, de Phil Hanson, Paul Di Resta e Alex Brundle.

Sexto lugar final para um carro e equipa que passaram nove vezes pela liderança, também na fase decisiva na corrida, mas a quem o derradeiro pit stop atirou para um imerecido sexto lugar.

Nos GTLM, venceu a Porsche com o #911 RSR da Porsche GT Team de Patrick Pilet, Frederic Makowiecki e Nick Tandy a bater o BMW M8 GTLM #25 da BMW Team RLL de Alexander Sims, Connor De Phillippi e Bill Auberlen por +6.230s, com o Porsche 911 RSR #912 da Porsche GT Team de Laurens Vanthoor, Earl Bamber e Gianmaria Bruni a terminar a 11.064s.

O triunfo na categoria GTD, onde existiam duas equipas com portugueses, Álvaro Parente e Pedro Lamy, foi para o Lamborghini Huracan GT3 #48 da Paul Miller Racing de Bryan Sellers, Madison Snow e Corey Lewis , que terminou com um avanço de 8.169s sobre o Ferrari 488 GT3 #63 da Scuderia Corsa, de Cooper MacNeil, Alessandro Balzan e Gunnar Jeannette com o pódio a ficar fechado com o Mercedes-AMG GT3 #33 da Mercedes-AMG Team Riley Motorsports de Ben Keating, Jeroen Bleekemolen e Luca Stolz.

Quanto aos portugueses, e depois da equipa dar bastante boa conta de si nas primeiras horas ao ponto de lutar pelos primeiros lugares, quando tudo se decidiu o Acura NSX GT3 #86 da Michael Shank Racing w/ Curb-Agajanian de Katherine Legge, Álvaro Parente e Trent Hindman caiu para a oitava posição.

Já o destino da equipa de Pedro Lamy ficou traçado muito cedo, já que Daniel Serra teve um furo logo na fase inicial da corrida, perdendo de imediato duas voltas para a dianteira da classe GTD e fruto do equilíbrio de andamentos nunca mais foi possível recuperar o ‘estrago’, com a 12ª posição a ser um mal menor. O Ferrari 488 GT3 #51 da Spirit of Race de Paul Dalla Lana, Pedro Lamy, Mathias Lauda e Daniel Serra mostrou que podia lutar na frente, como se prova pela pole position da classe, mas o azar bateu-lhes muito cedo à porta.