A Scuderia Cameron Glickenhaus foi fundada pelo produtor de cinema James Glickenhaus, um apaixonado pelo automobilismo, com uma coleção notável de veículos, deu asas à sua paixão com a criação desta estrutura. O seu gosto pelos carros deu que falar quando em 2005 comprou o último Ferrari Enzo e o entregou à Pininfarina para o remodelar de forma semelhante ao P4 de David Piper, por quatro milhões de dólares. Seguiu-se uma versão de competição deste modelo.
A criação da Scuderia Cameron Glickenhaus foi o próximo passo, com um novo carro o SCG 003, apresentado em 2015 no salão de Genebra. Com três versões (estrada, track day e competição) o novo bólide do americano deu nas vistas nas competições de endurance, participando nas 24h de Nürburgring, desde 2015 onde conquistou a “pole” no ano passado, surpreendendo tudo e todos. Estava em marcha o desenvolvimento do SCG 004 GT3 a versão de competição da nova proposta da marca.
Agora o próximo passo parece ser ainda mais ambicioso, com a criação do SCG 007 LMP1, a proposta da marca para entrar em Le Mans:
“Isto é para a América. Para o Briggs, o Carol e o Jim Hall. Para todos nós. A SCG operará a custo para este programa e financiará isto, não importa que seja até mesmo um só carro a correr contra o resto do Mundo: SCG 007 LMP1”
A vontade da marca é criar uma máquina de sucesso com a bandeira dos EUA e vencer a mítica prova francesa. Aproveitando as mudanças nos regulamentos que pretendem usar um desenho de hipercarro como base e uma redução significativa dos custos, a SCG irá então iniciar o projeto cujo financiamento poderá vir em parte da venda de 25 unidades do SCG 007 LMP1 convertidas para uso na estrada, com o custo de 1 milhão de dólares cada, cujo lucro reverterá para o desenvolvimento do projeto.“Já passaram 50 anos desde que um carro construído na América terminou em primeiro lugar à geral em Le Mans. O nosso objetivo é mudar isso”
A SCG junta-se assim a Toyota que já anunciou também a vontade de continuar no WEC. E este anunciou pode vir a aumentar o interesse de outras marcas e até de outros projetos para o futuro do WEC.
Fábio Mendes/Autosport
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