5 factos pouco conhecidos sobre o icónico Volvo 164

03/09/2018

A sua história começa no final dos anos 50, numa altura em que nos planos da Volvo já se encontrava a ideia de construir um conceito de modelo mais exclusivo e com um design mais largo. A marca sueca planeava apresentar um modelo V8 potente com grelha vertical.

Este projeto não se viria a concretizar pois em 1960, um estudo indicava que os modelos mais compactos seriam o futuro, especialmente no mercado norte-americano. No entanto, em 1966, o lançamento da gama Volvo 140, traria novas ideias sobre a forma de conseguir combinar prestigio e tamanho compacto.

Jan Wilsgaard, Chief Designer da Volvo de então, resolveu manter o chassis da gama 140 e usar a frente criada para o tal projeto 358 do final dos anos 50. Com o Iron Mark da Volvo em posição proeminente da mesma forma diagonal como no primeiro Volvo de 1927 e à semelhança do que vemos nas estradas hoje em dia.

O chassis do 140 seria também estendido em 10 cm do pára-brisas para a frente. Esta medida foi necessária para criar espaço para o novo motor, denominado de B30, uma unidade com 3 litros de capacidade e 145 cv graças aos dois carburadores Zenith-Stromberg.

Os pormenores eram claramente mais luxuosos que a gama 140, com um tecido grosso de lã nos assentos, tapetes de tecido e o banco traseiro projetado para duas pessoas, com um apoio de braço suspenso no centro.

Após o primeiro ano de produção, foram feitas melhorias no 164 com introdução de estofos em couro, lâmpadas de halogéneo e encostos de cabeça. Nos EUA, o modelo possuía ainda vidros elétricos, teto panorâmico, ar condicionado e vidros escurecidos.

Em Julho de 1969, quando a revista Americana Car and Driver ensaiou o Novo Volvo podia ler-se: “O Volvo para o qual as pessoas estão a olhar rouba visitantes aos showrooms da Buick, da Oldsmobile e da Mercedes, e isso está a acontecer. Os novos clientes da Volvo são vários tipos de profissionais – doutores, advogados, dentistas… pessoas que têm capacidade para algo diferente.”

Um anúncio americano da Volvo estava ligado ao mesmo tema: “O Automóvel de Luxo que mostra que tem mais do que dinheiro”.

O Volvo 164 passou por diversas melhorias ao longo do seu ciclo de vida, com a inclusão de algumas características inovadoras como injecção de combustível electrónica (a partir do modelo de 1972). A última versão foi o modelo de 1975, e todos os automóveis produzidos nesse ano foram exportados para os Estados Unidos. Nessa altura, o seu sucessor, modelo Volvo 264, já tinha iniciado a sua produção.

Conheça, na galeria, os 5 factos menos conhecidos sobre o Volvo 164.

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