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Ainda é tão giro ter um Mini

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Se anda à procura de um clássico e ainda não se decidiu bem qual escolher, então, pode sempre olhar para este mini automóvel, que de Mini só tem mesmo o nome.

Aquando da sua criação, em meados da década de 50, o objetivo era criar um automóvel económico – pois a crise ditava o racionamento de combustível – e barato, já que as posses financeiras dos condutores eram reduzidas. O desafio foi colocado a Alec Issigonis, onde foi proposto a criação de um automóvel pequeno, que parecesse maior do que na realidade era.

Do papel ao protótipo para testes, passaram apenas alguns meses. O motor colocado na frente do automóvel na posição transversal, fazendo conjunto com a caixa de velocidades, a suspensão independente, utilizando cones de borracha e a aplicação de rodas 10, foram inovações que tornaram o automóvel espaçoso e muito estável em curva.

As portas, inicialmente, tinham vidros de correr deixando assim a sua base livre, onde foi colocada uma bolsa enorme capaz de albergar qualquer mala de senhora. Não trazia tapete, apenas um reforço de borracha onde o condutor apoiava os calcanhares e o aquecimento era um extra! Tudo para tornar o automóvel o mais barato possível.

Em 1959, inicia-se o fabrico deste pequeno grande automóvel, terminando a sua produção em 1994 em mais de cinco milhões de unidades.

Foram muitos os modelos que derivaram do Mini, como por exemplo o Mini Ima, opção em carrinha, o Clubman, o patinho feio dos Mini, com o capô reto e os faróis integrados na grelha e, como não poderia deixar de ser, a joia da coroa, o 1275 GT, uma máquina!

Seja qual for a motorização que escolher, a primeira sensação que vai ter quando entrar num Mini é de que está sentado praticamente no chão. Depois, é inundado por uma sensação de espaço inigualável, ajudado pelos pilares muito finos e pela ampla superfície de vidro, bem como, o vidro ovalado na frente. Há bolsas por todo o lado e no tablier pode colocar praticamente tudo na prateleira que está junto aos manómetros. Agora que já está acomodado é dar à chave e andar, andar e andar… Uma condução que lhe deixará um sorriso nos lábios.

Quer na cidade, quer num passeio pelas estradas nacionais, o motor responde bem. Se for a versão 850cc (um verdadeiro clássico), terá maiores limitações, mas na versão 1000cc, não ficará envergonhado, então se a estrada for curva sim, curva sim, sinta-se à vontade pois a curvar este automóvel tem uma aderência fantástica. Caso o motor seja o 1275 GT, então deixará muito condutor abismado com a rapidez com que entra e sai da curva e passa para a próxima. Acima de tudo, brinque. Mas, dentro dos limites.

Os consumos não são muito relevantes, assim o carburador esteja bem “afinadinho”, isso sim, será sempre uma dor de cabeça. Caso necessite de peças, há praticamente tudo para todos os modelos, e novas a estrear, pois estas continuam a ser produzidas.

Tudo este prazer de condução num automóvel com apenas 3 x 1,5 x 1,3m… isto para não falar nos amigos que vão adorar dar uma voltinha.

Pode sempre optar pela compra de um Mini atual, cheio de luxos e conforto, mas com a certeza de que não será tão giro como o modelo que o antecedeu.

José Sebastião/Jornal dos Clássicos