Cápsulas do tempo: Nardi, a história na ponta dos dedos

17/03/2019

Invariavelmente quando falamos de automóveis, rapidamente a conversa resvala para as prestações do modelo – potência, binário, velocidade máxima, 0 aos 100 – e por aí vai.

Mas se prestarmos atenção, há elementos distintivos num veículo automóvel que sempre nos fascinaram, e cuja presença normalmente confere ao conjunto aquele toque especial que distingue certos modelos dos restantes. São muitas das vezes, elementos meramente estéticos. Podemos referir as jantes de liga leve, umas saias mais pronunciadas, uns pneus de baixo perfil, um conjunto de escape mais pronunciado e estilizado, que, quando utilizados e combinados entre si, conferem uma “raça”, uma agressividade, um espírito de competição a determinado veículo ou modelo.

Os volantes Nardi são um desses elementos que, desde o início da história da marca, ajudaram a transmitir o posicionamento de competição, elegância e distinção das marcas às quais Enrico Nardi sempre se associou.

A sensação que um automóvel nos transmite está efectivamente nestes pequenos detalhes, não apenas no som e prestações do bloco motriz, na eficiência dos seus travões, mas também no toque, cheiro e sensações que o habitáculo transmite ao seu utilizador. O volante é o elemento que liga o condutor e a perícia individual de cada um, à potência que o veículo transfere para as rodas, e que melhor maneira há do que fazê-lo com estilo!

A ligação de Nardi à Ferrari é exemplo disso mesmo, já que, equipou todos os modelos da marca de Maranello entre 1959 e 1965. A Porsche e a Mercedes foram outras das marcas de prestígio que contaram com volantes Nardi, equipando modelos como o Porsche 356 e na Mercedes o 300 SL nas suas versões Gullwing e Roadster.

Actualmente, e conhecendo o génio e atenção ao detalhe que Horacio Pagani dedica às suas criações, reconhecemos que o legado de Enrico Nardi permaneceu intacto ao longo dos tempos, já que continua a ser a escolha deste construtor para equipar as obras de arte rolante que saem do seu “atelier”.

A simplicidade estética desta marca de Turim escreveu a sua história com uma liga leve de alumínio coberta por madeira trabalhada à mão, assim permanecendo no imaginário dos amantes dos automóveis, como uma das referências do bom gosto italiano e espírito de competição dos seus clientes.

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