De entre os fabricantes de maior renome, como a Ferrari, Porsche ou a Bugatti, ao longo da história foram aparecendo outros mais pequenos e destinados somente a este tipo de automóveis. Se há várias histórias de sucesso, como a Pagani e a Koenigsegg, na sua maioria estes pequenos fabricantes tendem a durar pouco tempo. Seguem-se dez exemplos de automóveis superdesportivos que, por algum motivo, não tiveram sucesso e hoje são praticamente esquecidos.
Cizeta V16T

Desenhado por Marcello Gandini, este vai buscar elementos ao Lamborghini Diablo e ao Ferrari Testarossa. Foi desenvolvido por Claudio Zampolli e um grupo de antigos trabalhadores da Lamborghini. Está equipado com um motor V16, que é a junção de dois motores V8 do Lamborghini Urraco, com 6,0L de cilindrada e desenvolve 540cv. Bastante pesado e largo, o Cizeta poderia chegar às 8500rpm e aos 320km/h de velocidade máxima. Lançado em 1991, a economia estava em quebra, refletindo-se nas vendas, com apenas 12 unidades produzidas até 1995. Este automóvel poderá ser ainda lembrado, devido ao seu aparecimento no videojogo Gran Turismo.
Consulier GTP

O Consulier GTP foi desenvolvido por Warren Mosler, que posteriormente fundou a Mosler, com o objectivo de ultrapassar qualquer automóvel de estrada até então produzido. Equipado com um motor Chrysler turbo de 2,2 litros, Warren dava um prémio no valor de 25.000 dólares a quem batesse o seu tempo em qualquer circuito dos EUA. Obviamente que foi logo batido pela Car and Driver num Chevrolet Corvette. Posteriormente, outros motores formam montados, todos na configuração V8 de 5,7 e 6,3 litros de cilindrada. O seu design fez afastar vários comprados e o sucesso foi escasso, com apenas 60 a 100 exemplares construídos. De 1985 a 1993 foi vendido como Consulier GTP, mas após a fundação da Mosler, passou a ser vendido como Mosler Intruder e Raptor até 2000, quando foi substituído pelo MT900.
Dome Zero

O Dome Zero é um automóvel nipónico, construído pelo especialista em chassis de competição Dome. Equipado com o motor Nissan L28 de 2,8 litros de cilindrada e 145cv, o seu objectivo era levar o automóvel a competir nas 24h de Le Mans, mas a sua homologação não foi fácil. Desenvolvido em 1975 e apresentado no Salão de Genebra de 1978, onde foi estrela, este seria o primeiro automóvel de estrada da Dome, mas devido à não aprovação para circular na via pública no Japão, o fabricante acabou por cancelar o projecto, após terem sido produzidos dois protótipos. Apesar de pouco notório na história, ficaria imortalizado na série de videojogos Gran Turismo.
Ikenga GT

Lotec Sirius

A empresa alemã Lotec teve muito sucesso na produção de automóveis de competição para o Grupo C, durante os anos 80. Nos anos 90, através de um magnata Árabe do petróleo, produziu o seu primeiro automóvel de estrada, o C1000. Possivelmente inspirada por esse feito, em 2000 decidiram avançar com um projecto para a produção de um superdesportivo, o Sirius, apresentado em 2004. Construído com uma carroçaria em fibra de carbono e equipado com um motor V12 da Mercedes-Benz de 6.0 litros de cilindrada, capaz de debitar 1200cv e atingir os 400km/h. O modelo foi redesenhado em 2009, mas segundo consta nunca nenhum exemplar foi vendido.
Mega Track

Se os automóveis versáteis estão neste momento na moda, então a Aixam-Mega estava muito à frente do seu tempo, quando desenvolveu o Track. A conhecida construtora de microcarros, concebeu um superdesportivo com um motor V12 da Mercedes-Benz, com 394cv. Mas este automóvel não se resumia só ao motor, já que estava equipado com uma suspensão que se elevava, podendo este fazer incursões fora de estrada. Infelizmente, a produção terminou após a construção de apenas cinco exemplares em 1993.
MTX Tatra V8

Este superdesportivo vem de um país com pouca história no segmento, a Républica Checa. Foi construído pela MTX em conjunto com a Tatra e está equipado com um motor V8 arrefecido a ar, retirado do Tatra 623, de 3,9 litro de cilindrada, desenvolvendo 306cv. Tem ainda portas de abertura vertical e faróis escamoteáveis, algo típico dos automóveis da época. Apesar de a produção do automóvel se iniciar com bastante vigor, cerca de 200 encomendas foram feitas na altura da apresentação em 1991, um incêndio na fábrica destruiu por completo toda a preparação da produção e, assim, terminou a história do automóvel checo mais rápido, com apenas quatro exemplares construídos.
Panther Solo 2

Spectre R42

O Spectre R42 foi criado pela GT Developments inicialmente como GTD R42, conhecidos pelas suas réplicas do Ford GT40. Equipado com o motor V8 Ford Modular, de 4,6 litros de cilindrada e 350cv o seu chassis monocoque construído em alumínio foi inspirado nos Grupo C. A empresa indicava que o R42 poderia atingir os 281km/h. Devido ao elevado custo para iniciar a produção do automóvel, a empresa acabou por entrar em falência. Ainda assim, conseguiu um segundo suspiro, quando a empresa foi reorganizada e o automóvel passou a designar-se Spectre R42. Mas, devido ao seu elevado preço, apenas 23 foram produzidos de 1995 a 1998.
Vector W8

O Vector W8 foi apresentado em 1977, mas somente 14 anos mais tarde é que foi lançado. Equipado com um motor V8 de origem Chevrolet, com 5,9 litros de cilindrada e sistema twin-turbo, debitava uma potência de 625cv, acoplado a uma caixa automática de três velocidades. O mais fascinante era a velocidade máxima, de 350km/h. Apesar do seu design estranho, no mínimo, era um automóvel muito à frente do seu tempo, com bastante tecnologia de ponta para a época, inspirada na aviação. Somente 22 exemplares foram construídos de 1989 a 1993.
