Neste dia, há precisamente 75 anos, a Radio Londres alertava a resistência francesa para o início de uma gigantesca operação militar com a difusão do verso de um poema de Paul Verlaine: “Os soluços graves/dos violinos suaves/do outono/ferem a minh’alma/num langor de calma/e sono”.

45 minutos depois, e enquanto Hitler dormia, as tropas aliadas desembarcavam em massa e de surpresa nas praias da Normandia. O objectivo estratégico da “Operação Overlord”, nome de código do desembarque, era forçar as tropas alemãs a bater-se em duas frentes, a fim de acelerar o fim do conflito iniciado em 1939.

Compreendendo as intenções dos Aliados, o marechal alemão Erwin Rommel fortificou as praias do norte de França onde, na sua opinião, seria mais lógico o desembarque, visto corresponder à menor largura do Canal da Mancha. Foi contra esta Muralha da Europa, milhões de minas, obstáculos, bunkers, campos deliberadamente inundados, que se lançaram as tropas aliadas, sob o comando supremo do general norte-americano Dwight Eisenhower.

As operações aliadas englobaram o bombardeamento aéreo de posições na costa e na retaguarda, a sabotagem de objectivos seleccionados por comandos de paraquedistas e por núcleos da resistência francesa, o bombardeamento naval das costas e o desembarque de forças transportadas por meios aéreos, navais e anfíbios, num total de mais de cem mil homens, que se lançaram sobre as fortificações da costa e as neutralizaram ao fim de um dia de combate árduo e extremamente mortífero.

Consumado o desembarque e a ruptura das defesas, os aliados ficaram com o caminho aberto para o coração da Europa ocupada e criaram a Segunda Frente que se revelou essencial para o fim da Segunda Guerra Mundial.

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