O primeiro automóvel de Fórmula 1 da AAR foi o Eagle Mk1, também conhecido por Eagle T1G, desenhado por Len Terry e deu origem a um dos automóveis mais bonitos do pelotão, apresentado no Grande Prémio da Bélgica de 1966. Os três primeiros chassis foram construídos utilizando alumínio, enquanto que o quarto utilizou uma liga mais exótica com base em titânio e painéis da carroçaria em magnésio.
Este automóvel utilizava o já antigo motor Coventry-Climax FPF de quatro cilindros em linha, duas árvores de cames à cabeça, dois carburadores duplos Weber 58 DCO3 e 2,7 litros de cilindrada, desenvolvendo cerca de 250cv às 6750rpm. Posteriormente, estes motores seriam substituídos pelos V12 da Weslake com 3,0 litros de cilindrada. Acoplado aos motores estava uma caixa manual de cinco velocidades Hewland DG300. A travagem é assegurada por travões de disco nas quatro rodas da Girling.
O primeiro chassis construído, com o número 101, foi o automóvel utilizado por Dan Gurney para a apresentação e corrida no Grande Prémio da Bélgica de 1966, pintado numa cor que causou bastante impacto, a Imperial Blue. No Grande Prémio de Itália, Gurney conduziu o segundo chassis equipado já com o novo motor Weslake V12, enquanto que o chassis 101 foi conduzido por Phil Hill. Nos últimos Grande Prémios, o chassis 101 foi conduzido por Bob Bondurant.
Em 1967, o chassis 101 foi vendido ao piloto canadiano Al Pease, sendo o último automóvel da AAR a competir na Fórmula 1, no Grande Prémio do Canadá de 1969, corrida em que foi desqualificado por ser muito lento, algo inédito até hoje na história da Fórmula 1.
Presente neste artigo está esse mesmo chassis 101 o único equipado com o motor Coventry-Climax. Irá a leilão no evento da Gooding & Company em Pebble Beach que decorre nos próximos dias 2 e 3 de Março. O valor estimado de venda situa-se entre os 2,8 e os 3,7 milhões de euros. O valor inclui o motor original que acompanha o automóvel na venda.