O Honda Beat tem um pouco de Ferrari F40 e não é só pelo facto de ter motor central e tracção traseira, mas também pelo facto de ter sido o último automóvel aprovado por Soichiro Honda, o fundador da marca, antes do seu falecimento, em 1991. O seu desenho foi concebido pela Pininfarina, que o vendeu à Honda. O Beat foi lançado no mercado nipónico em Maio de 1991, com um total de 33.672 unidades produzidas até Fevereiro de 1996, disponível apenas em quatro cores, amarelo, vermelho, branco e cinzento e somente com capota de lona.
Para locomover o Beat, está o motor E07A de três cilindros em linha, uma árvore de cames à cabeça e 12 válvulas, montado na zona central traseira do automóvel, com 656cc e equipado com o sistema Multi Throttle Responsive Engine Control ou MTREC, que é basicamente um sistema de corpos de acelerador individuais para cada um dos três cilindros. Devido às regras impostas, a potência está limitada aos 64cv às 8.100 rotações por minuto e 60Nm de binário às 7.000 rotações por minuto. Acoplado ao motor está uma caixa manual de cinco velocidades. A velocidade máxima é limitada electronicamente aos 135km/h.
Com 760kg, o Honda Beat era considerado extremamente leve, com uma distribuição de peso de 47% na frente e 53% na traseira. Uma particularidade do Beat, é que utiliza jantes de 13” na frente e de 14” na traseira, para melhorar a estabilidade em curva. Por ter dotes desportivos, estava equipado com travões de disco nas quatro rodas.
Além das versões do Beat tradicionais, com o nome de código PP1-100 e PP1-110, que traziam de série ar condicionado, vidros eléctricos, barra estabilizadora frontal e jantes de ferro, com opção de airbag lateral para o condutor, existem outras três versões especiais e com cores exclusivas. Em Fevereiro de 1992 é lançado o Beat Version F, na cor Aztec Green Pearl e jantes de liga leve. Em Maio de 1992 é lançado o Beat Version C, a cor Captiva Blue Pearl e com as mesmas jantes de liga leve. Um ano depois é lançada a última série especial, a Beat Version Z, com duas cores disponíveis, Blade Silver Metallic e Evergrade Green Metallic, além de manómetros de fundo preto, spoiler traseiro, ponteira de escape diferente e jantes de liga leve.
A empresa de tuning da marca, a Mugen, disponibilizava ainda um kit estético para o Beat, que incluía para-choques da frente e da traseira, embaladeiras, spoiler traseiro, jantes específicas, dupla saída de escape central, assim como um hardtop.O Honda Beat entra agora no clube dos automóveis com mais de 30 anos, sendo considerado uma raridade fora do Japão.