O primeiro Murciélago (a que corresponde o modelo exposto) recebia uma versão actualizada do já conhecido V12 Lamborghini, agora com 6.2 litros, com uma potência de 580cv transmitida ao solo por transmissão integral (pelo que alguma vezes é referido como LP 580-4, embora essa nunca tenha sido uma designação oficial). A distribuição era às rodas traseiras, transmitindo até 30% às rodas dianteiras consoante as perdas de tracção, através de um acoplamento viscoso. Uma solução que permite manter o essencial do equilíbrio dinâmico dos modelos propulsão, com um aumento de segurança e estabilidade.
Inicialmente o Murciélago estava disponível apenas com caixa manual, o que torna essas unidades especialmente desejáveis para coleccionadores, já que a partir de 2005 se generalizou a opção pela caixa robotizada com comandos no volante.
Em 2004 seria lançada a mais exclusiva versão roadster.
O que impressionou a imprensa aquando do lançamento do Murcielágo, foi a facilidade de utilização: todos os comandos, incluindo embraiagem e comando da caixa, eram agora suaves e fáceis de utilizar, o que a somar à transmissão integral, tornava o uso frequente um pouco mais realista. E apesar de continuar a ser um automóvel exótico e com uma manutenção exigente, apresentava agora níveis de fiabilidade bastante superiores.
Apesar disso, continuava a ser um verdadeiro “touro de lide”, capaz de acelerar furiosamente até aos 100km/h em 3,85 segundos, e de atingir os 332km/h.O modelo seria actualizado em 2006, com a versão LP 640 de 6.5 litros.
Este automóvel pode ser visto na exposição “Lamborghini: 60 anos a cortar o vento“, patente no Museu do Caramulo, podendo ser visitada até ao dia 17 de Setembro, todos os dias, entre as 10:00 e 18:00.
Fotografias: Joel Araújo








