Monteverdi Hai 450, o superdesportivo suíço que queria competir com os grandes italianos

19/03/2020

Am Internationalen Autosalon in Genf vom 9. bis 19. Maerz 2017, dem jaehrlichen Treffpunkt der globalen Automobilindustrie, praesentiert der MONTEVERDI Club in Zusammenarbeit mit dem Verkehrshaus der Schweiz und der Stiftung «Peter Monteverdi Automobilbau» eine einzigartige Retrospektive auf das Lebenswerk des Schweizer Autobauers Peter Monteverdi. Gezeigt werden sechs Fahrzeuge der legendaeren Automarke. Im Bild ein Monteverdi hai 450 SS. (PPR/Verkehrshaus)
A Monteverdi era uma construtora de automóveis de luxo suíça, fundada por Peter Monteverdi, em 1967. Antes tinha sido o importador da Ferrari para o mercado suíço, mas devido ao corte de relações entre ambas as partes, Peter decidiu construir o seu próprio desportivo. Construiu também vários SUV, todos eles de baixa produção, inclusivamente, foi a Monteverdi que desenvolveu o primeiro Range Rover de quatro portas, vendido sob encomenda na rede da marca. A construção de automóveis terminou em 1984 e a fábrica foi transformada no museu Monteverdi, que abriu as suas portas em 1985. Em 1992 a Monteverdi tentou renascer, mas sem sucesso.

O Monteverdi Hai 450 SS é um desportivo que nunca passou da fase de protótipo, que substituiria a série High Speed e competiria directamente com os automóveis da Ferrari, Lamborghini e Maserati. O protótipo foi apresentado ao público no Salão de Genebra de 1970, pintado na cor magenta, designada de Purple Smoke. A carroçaria terá sido desenhada por Trevor Fiore, da Carrozzeria Fissore, que tinha já uma cooperação com a marca (a própria Monteverdi detinha 50% da empresa). O nome para o automóvel provém da palavra tubarão em alemão, Hai e a potência do motor, 450, juntando a designação Super Sport, daí o SS.

Para a construção do Hai 450, a Monteverdi utilizou um chassis tubular em aço, com tubos quadrados, coberto por uma carroçaria em aço também. A suspensão frontal é de triângulos sobrepostos e na traseira utiliza eixo De Dion com paralelo de Watt. Tanto na frente como na traseira está equipado com amortecedores Koni ajustáveis. A travagem está a cargo de quatro discos ventilados ATE, montados inboard na traseira.

O motor que equipa este automóvel é o Chrysler 426 Hemi V8 de 6.974 cc, montado atrás dos bancos da frente, equipado com dois carburadores quádruplos Carter, desenvolvendo 450 cv às 5.000 rpm e 664 Nm às 4.000 rpm. Acoplado ao motor está uma caixa transaxle ZF de cinco velocidades manuais.

Um segundo automóvel foi produzido, com uma maior distância entre eixos e outros pormenores diferentes, como a secção frontal, puxadores das portas, a cor vermelha e uma faixa preta na zona inferior. Este novo modelo denominado Monteverdi Hai 450 GTS, foi apresentado no Salão de Genebra de 1973. Estava equipado com um motor Chrysler Magnum de 7,3 litros de cilindrada.

Peter Frère testou o 450 SS e conseguiu atingir os 100 km/h em 6,9 segundos e os 270 km/h de velocidade máxima, para um peso de 1756 kg, muito mais que o dito pela marca, de 1247 kg. O 450 GTS cumpre os 100 km/h em 5,5 segundos e atinge os 280 km/h de velocidade máxima.

A Monteverdi planeava uma produção de 49 unidades, mas esta resumiu-se somente aos dois protótipos. Nos anos 90, duas réplicas foram construídas pintadas de vermelho, uma de cada modelo, com peças que tinham sido produzidas pela Monteverdi na época, mas nunca montadas em nenhum automóvel. Estas duas réplicas estão no museu da fábrica da Monteverdi, o Museu dos Transportes Suíços, em Basileia.

Tiago Nova / Jornal dos Clássicos

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