Os designs favoritos de Paolo Pininfarina

12/11/2020

A Pininfarina é uma empresa que dispensa qualquer apresentação. Qualquer entusiasta de automóveis associa logo à Ferrari, no entanto, a Pininfarina é muito mais do que os belos automóveis da marca do Cavallino Rampante. Foi fundada em 1930 por Battista “Pinin” Farina, inicialmente como Carrozzeria Pinin Farina, com a ajuda financeira de Vincenzo Lancia. Em 1961, o Presidente de Itália autorizou a mudança de nome de Battista “Pinin” Farina para Pininfarina e a empresa adoptou o mesmo nome.

Durante todos estes 90 anos, a Pininfarina desenhou e produziu belos automóveis, para várias marcas. Desde 14 de Dezembro de 2015 sob a alçada do Grupo Mahindra, a família continua à frente da empresa, com o neto do fundador, Paolo Pininfarina. Em entrevista à Hagerty, Paolo indicou quais são os seus designs favoritos elaborados pela empresa da família, dos quais iremos descrever de seguida.

-Alfa Romeo Giulietta Spider de 1955

 

O Giulietta Spider foi o primeiro grande projecto da Pinin Farina, que ganhou a sua construção em detrimento da Bertone, sendo lançado em 1955. Este automóvel foi pedido por Max Hoffman, importador das mais variadas marcas europeias para os EUA na época, à Alfa Romeo, para combater a crescente procura dos descapotáveis britânicos. Apesar de Hoffman preferir o design da Bertone, a Alfa Romeo acabaria por escolher a Pinin Farina, pois era mais destinado ao mercado europeu. Mecanicamente, o Giulietta Spider ter por base o Giulietta Sprint.

-Alfa Romeo P33 Roadster de 1968

O Alfa Romeo P33 Roadster foi apresentado no Salão de Turim em 1968 e foi dos primeiros automóveis com um design em cunha. A construção teve por base o chassis do Alfa Romeo Tipo 33 e está equipado com o motor V8 montado na zona central, por baixo da grande asa.

-Ferrari 512S Modulo de 1970

O Ferrari Modulo é para Paolo Pininfarina, arte e não um automóvel. Paolo Martin, o designer do Modulo, levou o design em cunha ao extremo, com formas soberbas, algo que parece vindo de outro mundo. Foi apresentado no Salão de Genebra de 1970, não sendo um automóvel funcional, apesar de estar equipado com um motor V12 de 550cv. Em 2014 a Pininfarina vendeu-o a James Glickenhaus, que o transformou num automóvel totalmente funcional e até legal para circular na via pública.

-Ferrari P6 de 1968

O Ferrari P6 foi o protótipo que anteviu as linhas do futuro 365 GT/4 BB, que seria lançado em 1971, sendo o primeiro automóvel com motor central de doze cilindros, neste caso, com uma cilindrada de 3,0L e 500cv de potência.

-Fiat Abarth 2000 Scorpio de 1969

Para Paolo, o Fiat Abarth 2000 Scorpio é um dos automóveis que está em linha com o ADN da Pininfarina, juntamente com o Alfa Romeo P33 Roadster. Foi construído sob um chassis do Abarth 2000 Sport Spider SE e está equipado com um motor de quatro cilindros em linha de 2,0 litros de cilindrada e 220cv, capaz de alcançar os 281km/h.

-Pininfarina Sintesi de 2008

Paolo Pininfarina diz que se sente atraído pelo Sintesi porque o seu design evoca os futuros automóveis da década de 2030. O Sintesi é movido a pilha de combustível a hidrogénio, tecnologia desenvolvida em parceria com a Nuvera. A potência total é de 710cv, podendo alcançar uma velocidade máxima de 185km/h.

-Pininfarina Spider de 1983

A Pininfarina foi responsável pelo desenho e produção do Fiat 124 Sport Spider. Apresentado em 1966, o desenho é resultado do trabalho de Tom Tjaarda. Quando a Fiat decidiu retirar do mercado o 124 Sport Spider, a Pininfarina aproveitou a oportunidade e continuou-o a produzir sob a sua marca, passando a ser conhecido por Pininfarina Spider Azzura para o mercado americano ou Pininfarina Spidereuropa para o mercado europeu, equipado com o motor 2,0 litros 105cv ou 135cv na versão Volumex. A produção da Pininfarina durou até 1985.

-Nash-Healey de 1952

Este automóvel serviu para promover a marca americana Nash, lançado em 1951. Logo no ano seguinte, a Nash pediu à Pinin Farina para redesenhar por completo o automóvel, marcando assim o primeiro design feito pela Pinin Farina para um automóvel americano. As carroçarias eram produzidas em Turim em aço, exceptuando o capot e tampa da mala, que eram produzidos em alumínio. Os motores e caixas de velocidades iam dos EUA para o Reino Unido, para serem montados nos chassis produzidos pela Healey. De seguida os chassis iam para Itália para finalizar a montagem. O motor é de seis cilindros em linha, com 4,1 litros de cilindrada e dois carburadores Carters, produzindo 142cv.