Os dez melhores carros de corrida americanos

23/01/2021

Durante a história dos carros de corrida, existem muitos vencedores e todos eles representam pontos de ligação entre a indústria automóvel e os fãs.

Automóveis de diferentes áreas lutaram com várias marcas famosas no mundo do desporto motorizado, por uma chance de glória e reconhecimento, trazendo com eles lendárias vitórias e histórias, que se tornaram sinónimos do desporto.

No século 20, as marcas americanas uniram esforços para criar uma série de automóveis para mostrar ao mundo que os pilotos norte americanos eram concorrentes a temer. Seguem-se os dez mais influentes automóveis de competição dos E.U.A que passaram pelas pistas.

 

Chaparral 2E

A história do Canadian-American Challenge Cup pode ser, em parte, atribuída ao sucesso do Chaparral 2E, um roadster movido a etanol. Foi desenhado e desenvolvido pela Chaparral Cars, uma equipa inovadora, que teve um papel muito importante pelo uso de novas técnicas que redefiniram a forma, o aspecto e a sensação das corridas tradicionais.

Apesar da empresa ser recente na época, este automóvel é apresentado em 1966, e nele foram incorporadas as teorias mais avançadas de aerodinâmica desenvolvidas pela Chaparral. O detalhe mais impressionante neste automóvel é a sua asa traseira, que ajudava com a força aerodinâmica descendente num circuito. Apesar de todas as suas inovações, o Chaparral 2E conseguiu apenas uma vitória, no circuito Laguna Seca, em 1966.

Chevrolet Corvette C5-R

O Chevrolet Corvette é, sem dúvida, um dos automóveis mais importantes alguma vez produzidos. Este veículo foi bem aceite por equipas de competição americanas, com o objectivo de competir, e vencer, em provas de resistência por todo o mundo.

A plataforma do C5 foi, inicialmente, desenvolvida por Pratt & Miller, em associação com a Chevy, direccionada para uso no desporto motorizado, conseguindo conquistar vitórias nas 12 Horas de Sebring, 24 Horas de Daytona e nas 24 Horas de Le Mans, bem como alguns campeonatos na American Le Mans Series.

O C5-R foi apresentado ao público em 1999, alimentado por um motor Katech LS1R, capaz de debitar 610cv de potência. Apenas onze exemplares com o chassis modificado foram produzidos por Pratt & Miller.

Cunningham C4-R

Briggs Cunningham anunciou, em 1951, que iria acolher uma equipa numa tentativa de assegurar uma vitória no maior palco de corridas do mundo, Le Mans. De modo a ajudar a sua equipa a estar ao nível do desafio, Briggs focou-se no novo Cunningham C3-R, com motor Chrysler, que acabou em 18º lugar no seu primeiro ano de competição.

A determinação de Cunningham levou à ideia do C4-R, um automóvel que iria pesar menos 1000 libras que o C-2, conseguindo ter mais potência que o seu antecessor.

Em 1952, o C4-R não conseguiu vencer em Le Mans, mas terminou em quarto lugar na geral. Este carro de corrida entrou na história da América, como uma das melhores tentativas a um prémio na mais icónica prova de resistência até aos dias de hoje.

Eagle Mk1

O Eagle Mk1 era um automóvel famoso, que redefiniu a participação dos E.U.A na Fórmula 1. Durante a temporada de 1966 da F1, mais equipas foram criadas, o que tornou difícil conquistar um pódio.

Com o objectivo de assegurar um lugar no pódio, Len Terry desenvolveu a primeira versão do Eagle, equipado com um motor de 2.7 litros de cilindrada Conventry Climax com quatro cilindros em linha, para a equipa de Dan Gurney.

Após quatro provas, os engenheiros da Eagle decidiram que era necessário melhorar o motor para um Gurney-Weslake V12, com três litros de cilindrada, o que proporcionou ao automóvel atingir grandes velocidades. Em 1967, o Eagle levou Gurney à primeira vitória americana na Fórmula 1, no Grande Prémio da Bélgica.

A infame vitória tornou o Mk1 de Gurney num marco da história do desporto motorizado norte americano. Nos dias de hoje, o Eagle é visto como um dos automóveis mais belos que participou na Fórmula 1.

Dodge Viper GTS-R

O histórico de vitórias da Dodge em provas de resistência é, justamente, atribuído à constructora, Viper GTS-R. Equipado com um motor Viper V10, com oito litros de cilindrada, este modelo de motor frontal mostrou ao mundo que o uso de motores de dez cilindros era essencial para provas de resistência.

O Dodge Viper GTS-R foi apresentado ao público em 1995, no Concurso de Elegância de Pebble Beach. Depois de subir gradualmente nas classificações durante três anos, a equipa Oreca iria obter nove vitórias em dez das corridas no FIA GT, bem como uma vitória na sua classe em Le Mans.

Em 1999 e 2000, o GTS-R triunfou mais duas vezes. Depois de várias vitórias à geral na ALMS, Daytona e Nürburgring, este modelo tornou-se vítima dos Ferraris de nova era e também do processo de eliminação que começou em 2004.

Ford GT40 Mk IV

A Ford é a marca americana mais popular do país, e tem uma história bastante rica e importante no que a carros de corrida diz respeito. O GT40 é um ícone das pistas, e apesar de os modelos Mk I, II e III terem sido construídos fora do país, como um descendente do britânico Lola Mk6, a versão final do Mk IV foi produzida na planta de montagem da Ford Wixom, em Michigan.

O automóvel foi produzido com diferentes motores V8 fabricados na América. Embora as plataformas de processamento do Mk IV tenham contribuído muito para aumentar a popularidade deste GT40, a versão de 1967 tem um papel muito importante, pois aproveitou os pontos fortes das três primeiras gerações.

Durante a sua era, o Mk IV participou em apenas duas corridas, no ano de 1967, nas 24 Horas de Le Mans e nas 12 Horas de Sebring, conquistando a vitória em ambas as provas.

Howmet TX

O Howmet TX é um dos carros de corrida mais interessantes que podem ser imaginados e criados. Este automóvel, equipado com um motor a reação, foi produzido em 1968, como meio de experimentar combustível de aviões em corridas de automóveis.

O criador e visionário deste veículo é o piloto Ray Heppenstall. Após o término do contracto com a empresa de engenharia McKee, no estado do Texas, para construir o chassis do modelo, o Howmet foi equipado com um motor a reação, emprestado pela Continental Aviation & Engineering.

Este automóvel foi transportado para o estrangeiro, para competir no Campeonato Internacional, mas o Howmet foi danificado e desmantelado. Depois disso, retornou aos E.U.A, onde competiu na SCCA National Championship.

O Howmet tem apenas duas vitórias em qualificações e na geral da SCCA, e permanece como um dos mais únicos automóveis com motor a reação a vencer uma prova.

Hudson Hornet

No início da década de 50, provas de Stock Car ganharam muita popularidade. A primeira constructora a estar completamente envolvida neste tipo de corrida foi a Hudson Motor Car Company. A empresa desenvolveu diferentes modelos que seriam bem-sucedidos na área de carros de corrida. O Hudson acabou por se tornar num favorito entre os fãs, graças ao seu motor de cinco litros de cilindrada e seis cilindros.

Em 1952, a temporada de AAA terminou com uma vitória para Marshall Teague, que ia ao volante do Hudson Hornet. O piloto tinha uma vantagem de 1000 pontos na competição.

Depois de conquistar 12 das 13 corridas, Hornet foi recebido no circuito de NASCAR, onde continuou a vencer, obtendo 27 das 34 Grandes Corridas Nacionais em 1952.

Panoz LMP-1 Roadster

Os Panoz LMP são carros de corrida pouco comuns, pois retiraram vários aspectos de motores e designs de chassis convencionais dos anos 90. Estão equipados com motores 6L8 V8 com seis litros de cilindrada, e fizeram grandes mudanças na arquitetura de carros de corrida.

Este veículo foi considerado o sucessor do Esperante GTR-1, que competiu internacionalmente vários anos antes da introdução do LMP07. Depois da descontinuação do LMP07, o LMP-1 foi modificado pela Panoz. Nas 24 Horas de Le Mans, em 1999, a marca tinha dois exemplares a correr, e conquistou um sétimo e décimo-primeiro lugar.

O terceiro exemplar foi especialmente criado para a J&P Motorsport, e depois de todas as corridas em que participaram durante um ano, Panoz assegurou uma vitória no campeonato para a LMP, com apenas dois pontos de vantagens perante a BMW.

Shelby Daytona Coupé

O Shelby Daytona Coupé foi criado com um único propósito, assumir a posição do 250 GTO em provas de Grande Turismo. Este automóvel vem da AC Cobra, tanto o seu design como o seu chassis foram baseados no Cobra. Foi equipado com um motor V8, com 4.7 litros de cilindrada, o seu peso total era inferior a 2300 libras, cerca de 1044 kg, e uma carroçaria aerodinâmica. Tudo isto proporcionava ao Shelby uma vantagem perante os seus adversários.

Depois de dois quartos lugares na classe GT nas 24 Horas de Le Mans e nas 12 Horas de Sebring em 1964, o Shelby iria conquistar vitórias consecutivas na classe GT durante o Grande Prémio da Itália, nas 24 Horas de Daytona, nos 1000 Km de Nürburgring, nas 12 Horas de Sebring e ainda no Campeonato Mundial de Resistência.