Anteriormente, foi designado de Santana e Samurai, na segunda geração, e de LJ80 na primeira geração, que é sobre a qual nos vamos focar no artigo.
Mas a história do Jimny é anterior ao seu próprio lançamento. A Suzuki adquiriu, em 1968, o pequeno fabricante nipónico, a Hope Motor Company, que produziu 50 pequenos veículos 4×4 designados por HopeStar ON360. Estes HopeStar ON360 foram desenvolvidos em 1967 e a sua venda iniciou-se em Abril de 1968. Estavam equipados com motores Mitsubishi ME24 de dois cilindros e dois tempos de 359 cc desenvolvendo 21 cv.
Foi então que, em Abril de 1970, a Suzuki introduziu a primeira geração do Jimny, a LJ10, após a aquisição dos direitos de produção do ON360. A designação LJ10 significa Light Jeep 10. Esta primeira versão estava equipada com um motor FB de dois cilindros em linha a dois tempos e com refrigeração a ar, 359 cc de cilindrada, produzindo 25 cv. Este motor era idêntico ao Mitsubishi ME24, pois a Mitsubishi não quis produzir mais motores e vendeu o desenho à Suzuki. Por sua vez, a Suzuki fez algumas melhorias, adicionando o sistema Posi-Force C.C.I., fazendo a mistura automática do óleo com a gasolina, através de injectores nos cilindros. Acoplado ao motor estava uma caixa de quatro velocidades. Esta primeira geração era vendida como kei car, pois o motor era inferior a 360 cc e tinha menos de três metros de comprimento, visto que a Suzuki montou o pneu suplente atrás dos bancos da frente, fazendo com que o LJ10 só tivesse três lugares, dois à frente e um atrás. Foi o primeiro kei car com tracção às quatro rodas e redutoras. O LJ10 estava equipado com jantes de 16”, tinha um peso de 590 kg e poderia atingir uma velocidade máxima de 75 km/h. O motor foi melhorado e os últimos LJ10 debitavam 27 cv.
Em Setembro de 1975 a Suzuki complementou o LJ20 com o LJ50, também denominado SJ10, com um motor de três cilindros LJ50 e 539 cc, continuando a ser a dois tempos, produzindo 33 cv e equipou o Jimny com diferenciais maiores. Esta versão era destinada somente à Austrália, mas acabou por ser vendida em outros mercados de exportação. Em Maio de 1976, junta-se ao LJ50 a versão pickup com distância entre eixos maior e com designação LJ51P, mas esta foi produzida em pequenos números e nunca vendida no Japão. Só em Junho de 1976 é que o LJ50 passou a ser vendido no Japão, designado por Jimny 55, mas com a potência limitada a 26 cv. Com as mudanças nas regras dos kei car o pneu suplente poderia ser agora montado no exterior, tal como nos modelos destinados a mercados externos. Com o lançamento do LJ80, a denominação deste modelo passa a ser LJ55.
Em 1977 o Jimny 55 recebe um facelift, passando a ter arcos das rodas traseiros mais largos e o capot passa a ser maior e com aberturas de arrefecimento. Nesta altura, os modelos de exportação são substituídos pelo SJ20, vendidos como LJ80 ou Jimny 8, sendo esta a última interacção desta primeira geração do Jimny. Vem equipado com o motor F8A, um motor de quatro cilindros em linha a quatro tempos, uma árvore de cames e 797 cc de cilindrada, desenvolvendo 42 cv. O peso agora está nos 770 kg. Com o aumento de potência, foi possível aumentar os diferenciais, para uma melhor performance fora de estrada, assim como, foi aumentada as relações de caixa, para uma melhor viagem em estrada. O interior também foi melhorado, com novos bancos e volante. Em Abril de 1979 foi lançada a versão pickup, designada LJ81, tendo uma distância entre eixos maior em 270 mm. O LJ80 foi substituído pela segunda geração, em 1981, com a primeira designação Santana e posteriormente Samurai.
Como curiosidade, os LJ10 e LJ20 chegaram a ser exportados para os EUA, através da empresa Intercontinental Equipment Corporation. Cerca de 3.300 LJ10 e 3.500 LJ20 foram importados, até o governo decidir aumentar os impostos para os veículos importados.
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