Volvo GTZ, a mecânica sueca conjugada com a elegância italiana

20/02/2020

O Volvo GTZ e GTZ 3000 foram dois protótipos desenhados e construídos pela italiana Zagato para a Volvo e apresentados no Salão Automóvel de Turim em 1969 e no Salão Automóvel de Genebra em 1970, respectivamente. Ambos têm uma carroçaria coupé de quatro lugares e tracção às rodas traseiras.

Tudo começou, quando o importador italiano da Volvo, a Motauto, encomendou à Zagato um automóvel desportivo. A Motauto já tinha executado um trabalho idêntico em 1965, mas na altura foi elaborado pela Carrozzeria Fissore, com base no Volvo P1800, mas a Volvo recusou, alegando que queria investir mais dinheiro nos automóveis familiares, seguros e fiáveis e que o P1800 já estava a vender bem.

Com base no Volvo 140 nasceu, em 1969, o Volvo GTZ, também conhecido por Volvo 2000 GTZ, equipado com o motor B20, de 2,0 litros de cilindrada e quatro cilindros em linha, ligeiramente modificado, com dois carburadores duplos da Solex. Este modelo foi apresentado ao lado de automóveis icónicos, como o Alfa Romeo Junior Zagato e o Lancia Fulvia Sport Zagato. A Volvo garantia que não estava disposta a avançar com a produção do GTZ, mas que se tivesse um motor mais potente, poderia equacionar. Após o Salão, o GTZ foi vendido a um particular, não se sabendo do seu paradeiro actualmente.

Segundo a Volvo, o GTZ original evoluiu, nascendo poucos meses depois o Volvo GTZ 3000. Para este foi utilizado como base o Volvo 164, sendo equipado com um motor de seis cilindros em linha B30, de 3,0 litros de cilindrada, produzindo 190 cv, levando o GTZ 3000 até aos 200 km/h. A carroçaria foi construída utilizando a ajuda de um túnel de vento, para melhorar a aerodinâmica, sendo mais baixo, mais pequeno e mais largo que o 164, além de ser 136 kg mais leve.

Apesar das melhorias e de ter sido bem recebido, a Volvo voltou a não dar luz verde para a produção e a Motauto deixou de desenvolver modelos desportivos para apresentar à marca sueca. Tal como o GTZ, o GTZ 3000 também foi adquirido por um particular, que o utilizava regularmente pelas estradas de Itália, até ter tido um acidente. O exemplar ainda existe, estando em processo de restauro na Suécia, por um coleccionador aficionado da marca sueca.

Tiago Nova / Jornal dos Clássicos

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