Ducati empenhada com a segurança rodoviária

23/09/2023

A Ducati renova o seu compromisso em garantir o melhor nível de segurança para motociclistas em todo o mundo. O fabricante sediado em Bolonha foi um dos grandes protagonistas do Evento de Demonstração organizado no circuito de Lausitzring (Alemanha) pelo Connected Motorcycle Consortium, para demonstrar a eficácia dos sistemas de conectividade moto-automóvel desenvolvidos durante o ciclo de pesquisa deste consórcio.

 

O Connected Motorcycle Consortium (CMC) é uma associação internacional que reúne os principais fabricantes de veículos de duas rodas com o objetivo de incluir as motos no futuro da mobilidade conectada, de modo a melhorar o nível de segurança dos motociclistas.

Os fabricantes de automóveis têm vindo a estudar e desenvolver tecnologia de comunicação Veículo a Veículo (V2V) há anos, e a CMC está a trabalhar para incluir também a informação enviada por motos, que têm diferentes necessidades e dinâmicas, para que estas possam ser padronizadas quando esta tecnologia for integrada em toda a frota de motos e automóveis em circulação no futuro.

A CMC foi fundada em 2016, o ano em que a Ducati se tornou também afiliada, e viu os membros inicialmente envolvidos numa análise precisa dos acidentes mais perigosos entre motos e carros, em termos de frequência e severidade dos danos sofridos pelos motociclistas. Começando a partir desta investigação, os casos nos quais a conectividade poderia ajudar num maior grau foram selecionados e iniciou-se o desenvolvimento das metodologias capazes de reduzir o número de impactos e o seu risco para a segurança dos motociclistas. Um aspeto fundamental desta pesquisa foi limitar o tempo de reação do sistema tanto quanto possível, uma vez que a redução do risco de um acidente depende de quanta for a antecipação com que um dos dois protagonistas pode ser alertado.

Três situações concretas

A Ducati escolheu trabalhar em três dos mais críticos e perigosos casos de acidente.

Assim, a Ducati levou a cabo o desenvolvimento da tecnologia juntamente com vários fornecedores, incluindo a Bertrandt para a parte de hardware e da Nfiniity para o sistema operativo e a criação de algoritmos. O protótipo nesta fase de desenvolvimento inclui um ecrã adicional na moto, no qual são mostrados sinais de aviso que alertam o motociclista de qualquer perigo.

O foco foi colocado no IMA (Intersection Movement Assist), quando uma moto, procedendo de uma rua movimentada, se aproxima de uma interseção de visibilidade reduzida à qual um carro está a chegar ao mesmo tempo, vindo de uma estrada secundária. Para tornar a situação ainda mais crítica, a Ducati optou por inserir um obstáculo fixo para obscurecer completamente a visão da moto, tanto para o condutor como para os sistemas auxiliares do carro. Neste caso, o sinal de perigo é exibido no painel do carro, assinalando a chegada da moto e sugerindo ao automobilista para abordar a interseção com grande precaução.

O LTA (Left Turn Assist), por seu lado, tem a ver com uma interseção em que tanto a moto como o carro circulam na mesma estrada mas em direções opostas, e o carro pretende virar à esquerda. Nesta situação a moto é menos visível do que um carro, mesmo através dos sistemas auxiliares, com o risco de não ser bem percetível para o automobilista que se aproxima. També neste caso, assim que o automobilista ativa o indicador de mudança de direção ao aproximar-se da interseção, é mostrado um sinal de alerta de tráfego da moto que se aproxima.

O DNPW (Do Not Pass Warning) é, por sua vez, o caso em que uma moto, numa fila, pretende ultrapassar um veículo longo que a precede e que, por sua vez, tem um carro à sua frente que quer virar à esquerda, não visível para o motociclista. Neste caso é o motociclista que vê exibido o sistema de alerta, assim que o sistema vê que tanto o carro como a moto ativaram o indicador de mudança de direção.