Resumo do Gran Premio d’Italia Oakley

30/05/2022

 

Novamente com duas semanas de intervalo, tivemos nova ronda do MotoGP, agora em Itália, mais concretamente no Circuito de Mugello.

Situado na lindíssima região da Toscânia, um pouco a Norte de Roma, este circuito tem já uma grande tradição nas corridas que remonta a 1976. Em 1988 foi adquirido pela Ferrari, que o usa também como pista de testes, sofrendo sucessivas remodelações e melhorias.

Sobre a forma apaixonada como os tifosi (que podemos simplesmente traduzir por fãs) vivem o motociclismo não há muito que escrever. Basta ver para sentirmos a paixão fervorosa com que os adeptos italianos acompanham as competições, seja em que modalidade desportiva for.

Ainda por cima, este GP coincidiu com o fim de semana do Motor Valley Fest, em Modena, verdadeira constelação de marcas italianas em duas e quatro rodas, com destaque para marcas como a Ferrari, a Lamborghini, a Maserati, a Pagani e, obviamente, a Ducati!

Ainda antes da apresentação dos resultados e algumas peripécias, destaque para a presença de Max Biaggi que, aos comandos de uma Aprilia RS 250 deu uma volta ao circuito, após ter sido “promovido” à categoria “de MotoGP Legend.

Além disso, fruto da genialidade humana e das melhorias técnicas das motos, acabou por ser estabelecido mais um record de velocidade em Mugello. O autor da proeza foi Jorge Martín da equipa Pramac Racing (Ducati) que atingiu uns incríveis 363,6 km/h! A barreira dos 400 km/h está cada vez mais próxima!

 

Vamos agora então apresentar uma versão condensada de mais 3 dias de verdadeira loucura, um carrossel de emoções, com muitas incertezas (e quedas) em cada uma das categorias.

Na categoria Moto E, onde todos correm com motos da Energica, Matteo Ferrari (Felo Gresini MotoE) conseguiu aqui a sua primeira vitória na temporada. Foi secundado por Dominique Aegerter (Dynavolt Intact) e Marc Alcoba (Openbank Aspar Team). A alegria foi ainda maior por ser… um italiano a ganhar em casa!

Na categoria Moto 3 o espanhol Sergio Garcia (GasGas Aspaer Team) acabou em primeiro e conseguiu uma vitória por pouco mais de uma décima ao também espanhol e colega de equipa Izan Guevara, ou seja, conseguiram uma dobradinha! O japonês Tatsuki Suzuki (da Honda Lepoard Racing), fechou o pódio de mais uma animadíssima prova em que os cinco primeiros acabaram “coladíssimos”.

Na categoria Moto 2 o espanhol Pedro Acosta, da equipa KTM Red Bull Ajo, não deu hipótese, conseguindo impor-se por mais de 4 segundos sobre o norte-americano Joe Roberts (Italtrans Racing Team). A honra de fechar o pódio coube ao japonês Ai Ogura da Idemitsu Honda Team Asia. Curiosamente e ao contrário das restantes categorias, aqui os tempos finais foram mais dilatados entre os três primeiros…

Finalmente, na categoria rainha, ganhou um italiano e com uma moto italiana! Ou seja, Bagnaia da Ducati Lenovo Team conseguiu impor-se a Quartaro, mas apenas por cerca de meio segundo! Foi uma verdadeira batalha de gigantes. Também o terceiro lugar acabou para uma moto italiana, a Aprilia Racing, pilotada por Aleix Espargaro que continua a mostrar uma grande regularidade. Em quarto ficou o francês da equipa em Ducati (Pramac Racing) e em quinto mais um italiano: Marco Bezzecchi em Ducati da Mooney VR46 Racing Team.

De salientar que muitos felizardos viram a prova rainha no LxMFF, na Sala Manoel de Oliveira, com transmissão em direto.

Miguel Oliveira bem que lutou por uma boa qualificação, tendo saído da décima quinta posição. Ainda se acreditou que a chuva podia ajudar, mas tal não aconteceu e o português da KTM acabou a prova em 9.º lugar, fruto também de algumas quedas e escaramuças que, desta vez, não o atingiram.

 

Quartaro continua a liderar o mundial, dilatando a distância para Espargaro que é agora de 8 pontos, sendo que foram cumpridas 8 das 21 provas! Oliveira mantém a 11.ª posição com 50 pontos, menos 15 que o seu colega de equipa, Binder, que ocupa a sétima posição.

A próxima prova será já no próximo fim de semana, dias 3 a 5 de junho, com o Gran Premi Monster Energy de Catalunya.