Moto2 – Miguel Oliveira: “Ser campeão é um objetivo pessoal”

17/12/2017

Foi com a humildade dos grandes campeões, mas sempre com os pés bem assentes na terra que Miguel Oliveira apresentou-se no sábado perante os jornalistas numa unidade hoteleira, em Lisboa, para fazer o balanço de uma inesquecível temporada de 2017.

Uma época onde regressou à Red Bull KTM Ajo, equipa que já conhecia dos tempos de Moto3, e com a qual agora, em Moto2, tornou-se no primeiro piloto português a vencer uma corrida da categoria intermédia do Mundial, feito que conseguiu alcançar por três ocasiões, curiosamente nas últimas três rondas do ano. A isto juntou ainda duas poles e três voltas mais rápidas em corrida.

“Este não foi um ano para esquecer, muito pelo contrário. Foi uma época muito positiva e de aprendizagem, onde fui sempre muito regular. Consegui pontuar em quase todas as corridas e sofri poucas quedas”, começou por dizer o terceiro classificado do campeonato em 2017.

Contudo, Oliveira relembrou como tudo começou em Moto2. “Não quero esquecer o ano de 2016, a minha temporada de estreia em Moto2, que também foi muito importante, pois tive de adaptar-me a uma categoria nova. Todas as adversidades que encontrei fizeram-me crescer como piloto. Tudo contribuiu para o terceiro lugar do campeonato que obtive em 2017. O Miguel Oliveira do final de época de 2016 não é o mesmo do final de 2017”.

Já sobre a próxima temporada, Miguel Oliveira mantém o pragmatismo apesar de ter a perfeita noção de que será um dos pilotos de ponta na discussão pelo título e de este ser um “objetivo pessoal”.

“Sei que há uma lista de candidatos ao título, onde estou inserido. Ser campeão é um objetivo pessoal, mas nada é garantido. Todos os pilotos começam com zero pontos e existe muitos que vão dar grandes dores de cabeça enquanto outros poderão aparecer numa ou outra corrida e não serão tão regulares”.

Apesar de confessar que não tem uma estratégia delineada, o vice-campeão do mundo de Moto3 em 2015 sabe o que necessário para no final do próximo campeonato estar mais perto de cantar vitória.

“Gostava de ter uma estratégia, mas é difícil traçar algo. O importante sobre um campeonato é não construir expectativas. Isto porque as expectativas não correspondidas alimentam a desilusão. Em 2017 o não esperar nada, estar muito focado em mim próprio e não estar preocupado com os outros foi uma vantagem para mim. Para o próximo ano quero manter a mesma mentalidade. Em 2018 sei que tenho de precaver-me nos dias maus e contentar-me com posições mais modestas de forma a não deitar nada a perder”.

Alexandre Melo

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