O WLTP substitui o anterior NEDC, criado nos anos 80 e efetuado apenas em laboratório. Este procedimento foi criado com apoio do UNECE (United Nations Economic Comission for Europe)
Os grandes benefícios apontados são um comportamento de condução mais realista, maior distância percorrida e velocidade alcançadas nos testes em estrada RDE (Real Driving Emissions), simular mais condições e com mais dinâmica de aceleração e desaceleração, ter em conta os opcionais do automóvel
Tempo do Ciclo: O tempo de testes passa de 20 minutos, no NEDC, para 30 minutos
Quilometragem: A distância percorrida nos novos testes é de 23,25km, mais do dobro dos anteriores 11km
Metodologia: O NEDC simulava em laboratório duas fases de condução, com 66% em ambiente urbano e 34% fora de cidade. No WLTP são quatro fases e a relação passa a ser 52% em cidade o 48% em estradas secundárias e vias rápidas
Velocidade: A média passa dos 34 km/h para os 46,5 km/h
Velocidade máxima: Passa dos 120 km/h para os 131km/h
Nível de Equipamento: Enquanto o NEDC apenas avaliava os modelos na sua versão-base, o WLTP exige medições com os opcionais, para saber se este "peso extra" tem impacto nos consumos e emissões
Temperatura: Antigamente a avaliação era efetuada sempre num intervalo entre 20º e 30º Celsius (o que ajudou o software do Dieselgate a reconhecer a presença em laboratório), mas agora as medições, efetuadas a 23º tem um efeito de correlação para quando os termómetros descem aos 14º
Factor de Conformidade: Existe uma margem de erro, associada às especificidades dos equipamentos portáteis usados para medir o NOx em estrada, que permite exceder durante os RDE os limites de emissões estabelecidos. A explicação é que não se podem medir os óxidos de nitrogénio em estrada pública com a mesma exatidão que se consegue em laboratório.
Por isso, foi acordado dar mais tempo aos fabricantes para alterarem os modelos e assim cumprir as regras de poluição. Até setembro de 2020 a margem de erro permitido um excesso de 2,1 vezes no RDE, que depois é reduzido para 1,5 vezes
A muito aguardada alteração nos procedimentos de avaliação às emissões poluentes dos automóveis está prestes a ser implementada. Saiba agora o que muda com o WLTP
Além de ter sido muito prejudicial para a imagem e finanças do Grupo VW, existiu uma outra consequência de monta no escândalo do Dieselgate. Foi demonstrar aos legisladores que as formas de avaliação dos níveis de poluição dos automóveis (de todas as marcas) estava muito ultrapassado e apresentava discrepâncias gritantes em relação à quantidade de gases poluentes que saem dos tubos de escape na condução real. Desde então, foi discutida e anunciada uma alteração do sistema que contemplava apenas testes em laboratório para um procedimento onde a condução real em estrada passa a estar contemplada. É a chegada do World Harmonised Light Vehicle Test Procedure, e na fotogaleria seguinte pode descobrir o que muda com o WLTP…
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