Tal como o Watts On tinha noticiado, a Carris está em processo de aquisição de uma gama de autocarros elétricos. O vereador do ambiente da Câmara Municipal de Lisboa fez agora saber que o município da capital irá lançar um concurso público, em breve, com vista à instalação de uma central fotovoltaica. “Estamos só à espera da licença da Direção Geral da Energia”, afirma José Sá Fernandes.
O objetivo é que esta central elétrica solar produza 2 megawatt (MW), energia que pode alimentar mil fogos habitacionais e terá ainda a capacidade de alimentar uma linha de elétricos da Carris e de abastecer a frota de veículos elétricos da autarquia, inclusive, os futuros autocarros 100% elétricos que a Carris irá passar a ter e os Fuso eCanter para recolha de lixo.
De resto, a ambiciosa meta é de que a frota Carris seja integralmente elétrica em 2030 e de que, tanto quanto possível, o seu carregamento seja garantido por produção solar municipal.
Nesse contacto, a autarquia espera passar dos 2 MW de energia de origem solar disponível para os 12 MW em 2020.
A UNIDADE FOTOVOLTAICAEsta unidade fotovoltaica será instalada em Carnide, mais concretamente no aterro sanitário do Vale do Forno, numa área de mil metros quadrados, perto do Ecocentro da Valorsul. A central será explorada pela Câmara.
SERÁ INSTALADA EM CARNIDE
Esta medida integra-se no plano de ações previstas para Lisboa 2020, Cidade Verde da Europa.
“Temos aquela ideia de que o combustível fóssil tem que ser substituído por combustível limpo local e portanto vamos ter uma central solar em Lisboa para abastecer autocarros elétricos” – José Sá Fernandes.
O vereador do ambiente da capital entende que o lançamento desta central fotovoltaica é um modelo “perfeitamente exportável para outras cidades”.
O vereador do Ambiente adiantou igualmente que pretende a “introdução de energia solar na rede contínua do Metropolitano de Lisboa”, embora sem uma data definida para isso.
Segundo Sá Fernandes outras medidas como o combate aos copos de plástico junto dos estabelecimentos noturnos, a promoção e educação para a reciclagem, a compostagem em jardins e logradores da cidade e o incentivo às hortas urbanas, “tudo junto contribui para que a cidade se torne cada vez mais sustentável do ponto de vista ecológico”.
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