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Comboios de Cascais podem vir a ser substituídos por elétricos

"A situação atual [da linha de Cascais] não satisfaz", declara Isaltino Morais que acrescenta: "Mais tarde ou mais cedo alguma coisa terá de se fazer".
Para o presidente da autarquia de Oeiras, um elétrico rápido em alternativa ao comboio seria mais barato e satisfaria melhor as pessoas.
O SATU foi um sistema de transporte urbano de passageiros assente numa ferrovia sem condutor ou tripulação, instalado em Paço de Arcos, Oeiras.
Este transporte ligava a estação ferroviária de Paço de Arcos (da Linha de Cascais), ao Centro Comercial Oeiras Parque, numa distância de cerca de um quilómetro.
O plano original apontava para o prolongamento do SATU para norte até à estação ferroviária de Agualva-Cacém (da Linha de Sintra).
O plano de expansão do SATU nunca avançou, porque o projeto foi encerrado, por decisão do Ministério das Finanças, dado que a empresa municipal que o geria acumulou prejuízos que impunham a sua dissolução.
Isaltino afirma estar a estudar a hipótese de repor o SATU.
O presidente da Câmara de Oeiras pretende fazer de Paço de Arcos a Saint-Tropez de Portugal, com a abertura da frente ribeirinha.
Isaltino Morais foi reeleito nas eleições de 1 de outubro do ano passado para dirigir os destinos de Oeiras, no mandato 2017-2021.
Isaltino quer avançar para o desnivelamento da Marginal junto a Santo Amaro para abrir toda esta frente ribeirinha do jardim de Santo Amaro para a praia.

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O presidente da Câmara Municipal de Oeiras admitiu numa entrevista que os comboios da linha de Cascais podem vir a ser substituídos por elétricos. E o SATU pode ser recuperado, já que se insere integralmente no conceito de Smart City, refere Isaltino Morais.

Em entrevista ao jornal Público, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, admite que os comboios da linha de Cascais possam vir a ser substituídos por elétricos. Isaltino Morais afirma que se trata de “uma solução” que pode ser aplicada dado que “a situação atual [da linha de Cascais] não satisfaz” e até porque “mais tarde ou mais cedo alguma coisa terá de se fazer”.

“Ainda não há estudos sobre isso, mas admito que possa ser uma solução”, declara o autarca de Oeiras, para quem não há dúvidas “de que um elétrico rápido seria mais barato e satisfaria melhor as pessoas”.

Isaltino Morais critica o facto de haver “poucos comboios a parar nas estações todas” e dos comboios não terem conforto, razões que, na sua perspetiva, estão na base da perda de milhões de passageiros nos úlimos anos por parte da ferrovia.

O presidente da Câmara de Oeiras é da opinião de que faz sentido “que haja bom transporte de autocarros que levem as pessoas para as estações de caminhos de ferro”, porque “os transportes tal e qual como estão, com os circuitos que estão definidos, não respondem às necessidades do concelho”, onde existem vários parques empresariais.

“HOJE TODA A GENTE ENCHE A BOCA COM AS SMART CITIES; TODA A GENTE FALA DE SMART CITIES PARA AQUI, SMART CITIES PARA ALI. A PRIMEIRA FERRAMENTA QUE SE INSERE INTEGRALMENTE NO CONCEITO
DE SMART CITY É O SATU”.

Isaltino Morais deposita esperança na atribuição das concessões de transporte rodoviário com base em novos cadernos de encargos para 2019 como forma de poder resolver parte do problema. Ainda assim, o autarca oeirense defende que tem de haver uma visão de conjunto para toda a região de Lisboa, sendo relevante para que isso ocorra o desempenho da Área metropolitana de Lisboa: “O que tem acontecido é cada município por si”, frisa.

Em termos de mobilidade e transportes, Isaltino Morais adianta ainda que “está a ser estudada, com a Câmara de Lisboa e a Carris, a hipótese de construção de uma linha de elétrico que ligue o Estadio Nacional a Linda-a-Velha e daí a Miraflores e Algés”, afirma.

Isaltino dá igualmente conta de que está previsto um investimento superior a 50 milhões de euros em três estradas que vão percorrer o município para funcionarem como alternativas à A5.

Quanto ao SATU (Sistema Automático de Transporte Urbano), o munícipe não abdica do projeto que deveria ligar Paço de Arcos ao Cacém. “Não desisti do SATU. Estamos a estudar a hipótese de o repor e, caso o grupo de trabalho que estamos a constituir diga que não é possível repor exatamente aquela tecnologia, vamos estudar a hipótese de uma outra, que pode ser um elétrico rápido”, explica. “Até ao fim do ano teremos já uma ideia”, conclui.

Isaltino Morais quer ainda tornar a marginal numa grande avenida, em vez de uma estrada de circulação de grande tráfego.

A autarquia de Oeiras submeteu uma proposta à Infraestruturas de Portugal para a construção de várias rotundas entre a Cruz Quebrada e Carcavelos. Projeto de maior dimensão é o desnivelamento da estrada junto a Santo Amaro para abrir toda esta frente ribeirinha do jardim de Santo Amaro para a praia.