“NUMA ERA DE URGÊNCIA AMBIENTAL, AS ENERGIAS RENOVÁVEIS PERMITEM-NOS CONSTRUIR UM AMANHÃ CADA VEZ MAIS DESCARBONIZADO”, DIZ JOÃO SCHMIDT (STATKRAFT PORTUGAL).
Na nova edição do estudo, a Statkraft indica que a produção mundial de eletricidade em 2050 será dominada pela energia solar e eólica, assim como pela bioenergia e energia hídrica, que contribuirão para uma redução significativa de 77% nas emissões de dióxido de carbono (CO2) em comparação com os níveis de 2021.
Neste cenário, a energia solar poderá registar um aumento de 22 mil terawatts por hora (TWh) anuais até 2050. Paralelamente, o estudo prevê que a energia eólica onshore venha a registar um crescimento de oito vezes, atingindo, aproximadamente, os 12.500 TWh, viabilizado por investimentos mais elevados no setor.
A análise da Statkraft aponta para uma “diminuição notável na procura de energia fóssil até 2050, impulsionada pela acessibilidade dos preços da energia solar fotovoltaica, da energia eólica onshore, das baterias e das bombas de calor. Estamos a testemunhar uma transformação total do mix energético”, complementa João Schmidt, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Statkraft em Portugal.
Impulsionada pela eletrificação e fontes limpas, como o hidrogénio e a bioenergia, e investimentos crescentes em eficiência energética, a redução global de emissões de CO2, antevista pelo “Low Emissions Scenario”, “permitirá a criação de sinergias capazes de catapultar a descarbonização, apesar do progresso económico e do aumento populacional global”, dizem os analistas.ATÉ 2050, A PRODUÇÃO DE ENERGIA SOLAR DEVE AUMENTAR 22 VEZES.
ATÉ 2050, A PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA DEVE AUMENTAR 8 VEZES.
“O aumento da produção de energia solar e eólica sinalizará uma transformação no setor energético, promovendo a transição para fontes limpas e sustentáveis, contribuindo para um futuro mais verde, incentivado pelas inovações tecnológicas”, destaca em comunicado a empresa.
As renováveis como pedra basilar da transição verde
O “Low Emissions Scenario” mostra também que a aceleração da adoção de energia limpa na União Europeia para atingir os objetivos traçados até 2050 não só é possível, como necessária. “Apesar dos atuais desafios económicos e geopolíticos, que podem atrasar o caminho para a descarbonização, as trajetórias previstas pela Statkraft demonstram como a meta de redução de 55% das emissões de CO2 é alcançável, ao recorrer a fontes energéticas que permitam descarbonizar setores difíceis, como a indústria e os transportes”, salientam estes analistas.
“A passagem da eletricidade fóssil para a eletricidade renovável é essencial para atenuar o impacto ambiental associado à utilização de combustíveis fósseis. Neste cenário, a transição para fontes limpas e sustentáveis, especialmente a energia solar e eólica, emerge como catalisadora na descarbonização, alinhando-se com a procura global por soluções energéticas eficientes e ambientalmente responsáveis”, destaca o estudo.