Se quisermos estabelecer uma analogia, poderemos afirmar-se que se a Fórmula E está para a Fórmula 1 na velocidade, a Extreme E está para o Dakar ou para as Bajas no TT.
Tudo 100% elétrico.
Como assistir?
A primeira etapa da Extreme E terá transmissão em direto, online, no site da Continental. Pode também ver aqui os diferentes canais televisisos (caso do Eurosport) e plataformas que farão a cobertura do evento. O shakedown e AS qualificações podem ainda ser vistas no site oficial da Extreme E – www.extreme-e.com e redes sociais (@extremeelive no YouTube, Instagram, Facebook, Twitter e Twitch).Em termos de horários da 1ª etapa, tome nota, sendo que as horas referidas aqui são horas locais, onde o o evento se disputará (na Arábia Saudita são mais duas horas do que em Portugal):
sexta-feira, 2 abril
17:00-17:20: Shakedownsábado, 3 de abril
09:00 – 10:30: Qualificação 1
14:00 – 15:30: Qualificação 2domingo, 4 de abril
09:00 – 10:30: Meias-Finais
13:00 – 15:00: Finais
De resto, a Extreme E foi fundada pela mesma equipa que lançou a Fórmula E e transpõe o conceito da mobilidade elétrica para o todo-o-terreno radical.
SUV elétricos
A Extreme E é, assim, disputada por SUV elétricos em locais de corrida próximos a habitats ameaçados.
As cinco provas receberam “batismos ambientais” para sublinhar esta associação à preocupação ecológica: Desert (na Arábia Saudita), Ocean (no Lago Rosa), Arctic (na Gronelândia), Amazon (na Amazónia) e Glacier (na Patagónia).
Cenários radicais
No plano estritamente da competição, os cenários radicais escolhidos (deserto, selva, glaciares, oceano e ártico) constituem verdadeiros desafios para as capacidades das equipas que integram esta inovadora competição.
Calendário das provas
As datas das competições são agora as seguintes (desde que inicialmente foi divulgado o calendário houve apenas a alteração da data da prova inaugural):
3 – 4 de abril 2021 – Arábia Saudita, Al-Ula.
29 – 30 maio 2021 – Senegal, Lago Rosa.
28 – 29 agosto 2021 – Gronelândia, KangerLussuaq, Glaciar de Russell.
23 – 24 outubro 2021 – Brasil, Santa Maria, Pará, Amazónia.
11 – 12 dezembro 2021 – Patagónia, Tierra del Fuego, Argentina.
9 equipas participantes
Para este primeira temporada, estão inscritas nove equipas:
- ABT Cupra XE (Alemanha)
- Andretti United Extreme E (EUA)
- Chip Ganassi Racing (EUA)
- Hispano Suiza XITE Energy Team (Espanha)
- Acciona| Sainz XE Team (Espanha)
- Rosberg Extreme Racing (Alemanha)
- JBXE Racing (Reino Unido)
- Veloce Racing (Reino Unido)
- X44 (Reino Unido)
18 pilotos alinhados
Cada equipa tem dois pilotos. As equipas são constituídas por duplas mistas, um piloto do sexo feminino e outro do sexo masculino.
As equipas incluem várias estrelas do desporto automóvel como Carlos Sainz (ralis), Jenson Button (Fórmula 1) e uma equipa propriedade do campeão de F1, Lewis Hamilton.
- ABT CUPRA XE – #125 – Mattias Ekström / Claudia Hürtgen
- ACCIONA | Sainz XE Team – #55 – Carlos Sainz / Laia Sanz
- Andretti United – #23 – Timmy Hansen / Catie Munnings
- Segi TV Chip Ganassi Racing – #99 – Kyle LeDuc / Sara Price
- Hispano Suiza XITE Energy Team – #42 – Oliver Bennett / Christine Giampaoli
- JBXE – #22 – Jenson Button / Mikaela Åhlin-Kottulinsky
- Rosberg X Racing – #6 – Johan Kristoffersson / Molly Taylor
- Veloce Racing – #5 – Stéphane Sarrazin / Jamie Chadwick
- X44 – #44 – Sébastien Loeb / Cristina Gutiérrez
IGUALDADE DE REPRESENTAÇÃO DE GÉNERO NAS EQUIPAS É ÚNICA NO DESPORTO MOTORIZADO E FAZ PARTE DO CONCEITO DO EXTREME E
Estilo de corridas previstas
Desde que foram dadas a conhecer, as regras das corridas já foram alteradas algumas vezes. A lógica inicial é, contudo, de colocar as nove equipas em dois grupos, num torneio “todos contra todos”.
As quatro primeiras equipas passam à fase a eliminar: mangas numa fase de eliminatórias, em que os condutores disputam “um contra um” o cobiçado lugar na final.
As etapas fora de estrada terão, por regra, um percurso de 6 a 10 km, e os condutores têm de ultrapassar uma série de pontos de controlo.
Cada pista será constituída por cinco ou seis pontos de controlo, com uma combinação de secções fora de estrada e terreno aberto.
Como será na Arábia Saudita?
Apesar deste ser o figurino geral, corrida a corrida esta regras poderão ser ajustadas, como, aliás, vai já suceder na primeira etapa, na Arábia Saudita.
O EXTREME E QUER DESTACAR OS DESAFIOS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS ENFRENTADOS POR DIFERENTES ECOSSISTEMAS EM TODO O MUNDO, AO MESMO TEMPO QUE MOSTRA O DESEMPENHO DOS SUV ELÉTRICOS EM CONDIÇÕES EXTREMAS.
Em Al Ula, as três equipas mais rápidas no geral na qualificação de sábado (1ª, 2ª e 3ª) ficam escaladas para competir entre si na primeira meia-final, a primeira corrida real, no dia seguinte.
Nesta meia-final, as duas equipas que chegarem primeiro à linha de chegada apuram-se para a final. A terceira fica de fora.
Os 4º, 5º e 6º classificados na classificação avançam para a “Crazy Race” (uma espécie de segunda meia-final), na qual apenas o vencedor terá direito a estar na Final.
Deste modo, a Grande Final será disputada pelos dois melhores classificados da meia-final e pelo vencedor da “Crazy Race”.
Os 7º, 8º e 9º da qualificação disputarão também uma corrida, a qual, todavia, não dará direito assento a nenhum lugar extra na final.
No entanto, a classificação obtida em cada palco não é despiciente, pois conta para a classificação final do Extreme E.
Será, deste modo, que se fará a distribuição de pontos pelas 9 equipas, após cada uma das cinco etapas previstas:
► 1º classificado: 25 pontos
► 2º classificado: 19 pontos
► 3º classificado: 18 pontos
► 4º classificado: 15 pontos
► 5º classificado: 12 pontos
► 6º classificado: 10 pontos
► 7º classificado: 8 pontos
► 8º classificado: 6 pontos
► 9º classificado: 4 pontos
Na Arábia Saudita, todas as corridas são realizadas em duas voltas num total de 18 km – incluindo uma troca de pilotos após uma volta. Uma volta conduzida pelo membro feminino e uma volta conduzida pelo piloto masculino de cada equipa.
Tal como na Formula E, também na Extreme E o público também pode votar no seu piloto favorito para poder ter acesso a uma melhor posição na grelha de partida na final.
Chassis comum a todos os veículos
A Spark Racing Technology construiu a estrutura comum do Odyssey 21, a designação do veículo da Extreme E. Isto significa que os SUV têm a mesma estrutura tubular em aço; a mesma suspensão e amortecedores; o mesmo sistema de travagem e direção; e a mesma estrutura de impacto e roll cage.
A Spark Racing Technology entregou depois o chassis a todas as equipas.
Sabia que …
… o teste definitivo para o Odyssey 21 aconteceu no Rally Dakar de 2020? O SUV participou na última etapa pelo norte-americano Ken Block.
Cada equipa teve liberdade para testar e construir um grupo propulsor e uma carroçaria personalizados em cima desta plataforma.
Em média, os veículos pesam 1650 kg, têm 4,40 metros de comprimento e 2,30 metros de largura.
Os motores elétricos que os animam debitam 400 kW (o equivalente a aproximadamente 550 cv).
A velocidade de ponta é de 200 km/h e a aceleração 0-100 km/h é nuns estonteantes 4,5 segundos em inclinações de até 130%.
Quem fornece os pneus e baterias?
Os modelos equiparão pneus Continental de 940 mm (37”), já que o fabricante de pneumáticos alemão será “premium sponsor” na edição de 2021.
“A empresa equipará todos os veículos envolvidos na corrida com pneus especialmente preparados para responder às condições extremamente exigentes e díspares que os participantes encontrarão. Para além disso, a plataforma digital de monitorização de pneus da Continental – a ContiConnect – garantirá a conetividade com sensores colocados no interior dos pneus que monitorizarão constantemente a pressão e a temperatura”, explica o construtor.
Em termos de baterias, a mesma empresa que montou os módulos para as primeiras quatro temporadas do Campeonato de Fórmula E ABB FIA, a Williams Advanced Engineering, é responsável por este componente no Odyssey 21.
A bateria destes SUV elétricos terá 53 kWh, colocada atrás do habitáculo.
Em síntese: muita potência e muita adrenalina juntas numa nova categoria do desporto automóvel que prima pela igualdade de género e pela defesa do ambiente, ao procurar destacar o impacto das mudanças climáticas no planeta nos vários palcos em que se disputará.
A equipa ABT Cupra XE deixa aqui um aperitivo: