Assim, quanto mais automóveis elétricos tivermos nas estradas, mais baterias teremos de produzir. Para que a produção de baterias possa ser satisfeita nos próximos anos, serão necessárias enormes quantidades de metais e terras raras e, para isso, são necessárias minas, o que levanta questões do ponto de vista ambiental.
Por seu lado, a perspetiva de um rápido aumento na procura por minerais, essenciais para as tecnologias necessárias para a transição energética levanta, assim, grandes questões, umas relacionadas com o ambiente sobre a sua disponibilidade e fiabilidade do abastecimento.
O nível de concentração das operações de processamento é particularmente alto, com uma forte presença da China em todos os setores: a participação da China na refinação é de cerca de 35% para o níquel, 50-70% para o lítio e cobalto, e quase 90% para as terras raras, demonstra o relatório da Fuels Europe, divulgado pela Apetro (Associação de empresas petrolíferas) e que tem por base dados da Agência Internacional de Energia.

De acordo com as últimas previsões da Benchmark Minerals, estima-se que sejam necessárias pelo menos 384 minas de grafite, lítio, níquel e cobalto – as matérias-primas mais comuns neste domínio – para satisfazer a procura de automóveis e baterias elctricas nas próximas décadas. Mesmo que se registem progressos na reciclagem das baterias, continuarão a ser necessárias 336 minas.
No caso da União Europeia, a Critical Raw Materials Act (Lei das Matérias-Primas Críticas) pretende contar com a força do mercado único para impulsionar os projetos necessários para “recuperar as suas minas” e a UE classificou 36 elementos raros como “estratégicos”.
É o esforço que a Europa terá de realizar para evitar ficar dependente de terceiros.