Na sequência da notícia da agência Lusa, com origem no presidente da Câmara Municipal de Valongo que deu conta de um ofício enviado a todos os presidentes dos municípios servidos pela rede de transportes da STCP – Sociedade de Transportes Coletivos do Porto que indicavam três cenários de perdas de 8, 13 e 18 milhões de euros para a empresa transportadora do Grande Porto, devido ao impacto do COVID-19, a administração da STCP veio “esclarecer que, desde a primeira hora, foram reportados e atualizados os cenários de impacto financeiro ao seu acionista Estado”.
A empresa refere que ao Estado foi igualmente reportada “a forma de ultrapassar esses constrangimentos sem implicações no novo contrato de obrigações de serviço público”.
A empresa salienta “o papel colaborativo em todo este processo do município do Porto e restantes autarquias possibilitando uma resposta de serviço com segurança para os nossos clientes e motoristas”.
As garantias do conselho de administração da STCP pretendem, assim, serenar a preocupação dos sindicatos dos motoristas sobre as eventuais consequências para a intermunicipalização dos transportes na área metropolitana do Porto das perdas e da situação financeira na STCP.
Obrigações financeiras
A STCP informa ainda que, durante este período, “cumpriu, e continuará a cumprir, todas as suas obrigações financeiras quer com trabalhadores, fornecedores, quer com prestadores de serviço, assim como garantiu, e continuará a garantir, a quase totalidade do transporte rodoviário no Porto e nos outros cinco concelhos onde tem operação, prestando a sua ajuda à economia local e a todos aqueles que estiveram na chamada ‘linha da frente’”.Com o término do Estado de Emergência e o consequente aumento gradual na procura dos transportes públicos pela população, a STCP tem vindo a proceder já ao reforço da oferta, passando a vigorar, até agosto, o denominado horário “Férias Escolares”, que traduz uma oferta superior a 95% das viagens normais aos dias úteis. A transportadora retomou ainda a oferta total dos horários de sábados, domingos e feriados, desde há uma semana.
Explica a empresa que das suas 70 linhas em modo autocarro, 33 voltaram já ao horário “Normal” e somente 37 adotaram o horário de “Férias Escolares”.