M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Em 2012, Vitaly Ponomarev esteve envolvido num pequeno acidente de viação, quando estava a ver uma informação de trânsito no seu telemóvel e bateu no carro da frente. O acidente foi pequeno, mas inspirou o russo a fundar uma empresar para criar nova tecnologia holográfica, capaz de projetar informação no vidro, de modo a que o condutor não precise de tirar os olhos da estrada.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O empresário russo fundou a WayRay, uma startup baseada na Suíça, com o propósito de facilitar do condutor o acesso a todo o tipo de informação enquanto está ao volante. O ponto de partida é o head up display, já existente em muitos automóveis, mas que tem uma quantidade limitada de informação, dada a sua posição no vidro. A ideia de Ponomarev era introduzir o conceito de realidade virtual na condução no mundo real, chamando-lhe realidade aumentada, com informação variada projetada de modo a ocupar todo o campo de visão do condutor.

Chamado Navion, o novo produto da WayRay foi desenvolvido como o sistema de navegação holográfico para automóveis. O projetor aparenta colocar a informação até dez metros à frente do carro, de modo a que o condutor possa visualizar os pontos exatos de mudança de direção, assim como informação holográfica relativa a vários elementos em redor da estrada, como estações de combustível e outros pontos de interesse. O Navion está equipado com sensores de inércia, para adaptar rapidamente a informação ao movimento do carro, uma câmara de alta definição e processamento rápido para visualização imediata através do projetor.

No entanto, para chegar ao consumidor, a WayRay precisava de investidores, tendo agora garantido uma injeção de capital de 80 milhões de dólares (69 milhões de euros), de uma longa lista que inclui construtores automóveis como a Porsche e Hyundai, a loja online chinesa Alibaba, da firma de eletrónica JVC Kenwood e de grupos de investimento da China, Rússia, Japão, Arábia Saudita e Kuwait. A ideia é produzir os seus projetores de informação holográfica, de modo a que sejam compactos e não intrusivos, custando apenas algumas centenas de euros.

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