FOTO American Chemical Society
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Veículos elétricos e aparelhos eletrónicos como telemóveis ou computadores portáteis costumam têm as suas dimensões e as suas capacidades, nomeadamente tempo útil de uso, limitados pelos materiais que são vendidos por construtores de baterias de iões de lítio. Mas uma nova solução poderá permitir às marcas de automóveis e aparelhos portáteis adequarem o tamanho e a forma das baterias às suas necessidades, com uma impressora 3D.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Um grupo de investigadores, financiado em parte pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, publicou um artigo no jornal científico da American Chemical Society detalhando como usar uma impressora 3D para fabricar uma bateria de iões de lítio, utilizando todos os materiais, elementos necessários e componentes eletrónicos, com rapidez e por um custo inferior ao dos fabricantes de baterias. O principal obstáculo é que os polímeros usados em impressoras 3D, feitos com ácido láctico, não permitem a condução dos iões que transferem a energia das baterias.

A equipa liderada por Christopher Reyes e Benjamin Wiley resolveram o problema com uma infusão de eletrólitos na estrutura do polímero de ácido láctico e incorporando grafeno e nanotubos de carbono nos elétrodos. Para demonstrar a validade do conceito, criaram uma bateria feita em impressora 3D integrada numa pulseira elástica, com energia suficiente para iluminar um LED verde durante 60 segundos (como pode ser visto na imagem). A grande desvantagem é que, apesar de poder ser adequada a qualquer tamanho, a bateria impressa tem apenas metade da capacidade de uma bateria convencional, mas a equipa de trabalho pretende incorporar novos materiais para tornar o processo viável para uso industrial, substituindo os polímeros de impressão.